sexta-feira, 5 de março de 2010

A denúncia contra Garotinho e Deborah Secco

Os ex-governadores do Rio Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho foram denunciados pelo Ministério Público do Estado por ato de improbidade administrativa.

A investigação durou dois anos. Concluído o trabalho, o Ministério Público estima em R$ 58 milhões os prejuízos causados aos cofres públicos. Na denúncia, os promotores identificam uma conexão entre o dinheiro usado na pré-campanha do ex-governador à Presidência, e verbas que saíram do governo do Estado.

“Fica demonstrado, sem margem de dúvida, que a campanha à Presidência de Garotinho foi financiada com desvio de dinheiro público”, afirma o promotor Eduardo Carvalho, que pede o bloqueio de bens e a inelegibilidade do casal Garotinho e dos 86 réus.

Segundo o MP, duas das empresas que contribuíram para a campanha, a Emprim e a Inconsul, receberam R$ 30 milhões dos cofres do Estado. Outra empresa, a Teldata, teria agido como intermediária do repasse de recursos das ONGs que prestam serviço ao Estado para a conta do PMDB.

O esquema foi operado entre 2003 e 2006. Começa com a contratação da Fundação Escola de Serviço Público do Rio de Janeiro (Fesp) e outros órgãos públicos para a execução de projetos com a necessidade de mão de obra terceirizada. Estes órgãos subcontratavam organizações não-governamentais (ONGs) sem licitação.

Deborah Secco

A atriz da Tv Globo, Deborah Secco, também foi denunciada, junto ao pai, Ricardo Secco. Outras cinco pessoas da família estariam envolvidos no esquema de desvio de dinheiro: Angelina Direnna Secco, Bárbara Fialho Secco, Ricardo Fialho Secco e Silvia Regina Fialho Secco. Segundo o procurador-geral de Justiça, Cláudio Lopes, Ricardo Secco teria recebido R$ 1 milhão no esquema e repassado parte do dinheiro para diversas pessoas de sua família.

O Ministério Público também vê irregularidades na participação da atriz em propagandas oficiais do governo do Rio. Em 2005, ela ganhou o título de "Mulher do Ano", concedido pela Fesp, que transferia dinheiro para ONGs a pretexto da execução de programas sociais.

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