Renda do trabalhador aumentou mais de 14% durante o Governo Lula
Duas pesquisas divulgadas ontem, pelo IBGE e pelo Dieese, apontam melhorias nos níveis médios de emprego e de renda dos trabalhadores nas principais regiões metropolitanas. A do IBGE, feita nas regiões metropolitanas de São Paulo (SP), Rio (RJ), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Recife (PE) e Porto Alegre (RS), informa que, ao longo dos sete anos do Governo Lula, a renda média do trabalhador aumentou mais de 14%; a população ocupada cresceu 14% enquanto a desocupada diminuiu quase 29%.
Já a pesquisa do Dieese, que inclui o Distrito Federal e não a Região Metropolitana do Rio, atém-se à situação do mercado de trabalho em dezembro apontando redução da taxa de desemprego e aumento do nível de ocupação no último mês de 2009, comparativamente a novembro.
Como adotam metodologias distintas e avaliam conjuntos parcialmente desiguais de regiões metropolitanas, o IBGE e o Dieese apresentam conclusões diferentes sobre o mercado de trabalho no fim do ano passado. Coincidem, no entanto, em que o nível de desemprego diminuiu e que o de ocupação aumentou em dezembro, relativamente a novembro.
O estudo do IBGE registra algumas mudanças significativas no mercado de trabalho, ao longo dos últimos anos. De acordo com o instituto, de 2003 a 2009 aumentou 20% a participação de mulheres, 42% de idosos com 50 anos ou mais e de trabalhadores com maior tempo de estudo.
Leia, abaixo, os principais dados do estudo divulgado pelo instituto.
Renda dos trabalhadores
1) De 2003 a 2009
A renda média do trabalhador, nas seis principais regiões metropolitanas, aumentou 14,3%. O aumento ocorreu em todas as regiões, mas, especialmente, em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Salvador, onde alcançou aproximadamente 19%.
2) Em 2009
a) A renda média aumentou 3,2%, em relação à de 2008, e chegou a R$ 1.350,33.
b) O maior rendimento médio foi registrado na Região Metropolitana de São Paulo (R$ 1.502,06) e o mais baixo na de Recife (R$ 895,90).
c) A renda cresceu mais – 18% – entre trabalhadores sem carteira assinada. Entre os empregados com carteira assinada o aumento foi de 7,3%.
d) Em todas as regiões, o maior aumento de rendimentos – 26,8% – ocorreu entre os trabalhadores domésticos. No Nordeste o crescimento chegou a 35%.
e) A renda média das mulheres em 2009 (R$ 1.097,93) continuou sendo menor do que o dos homens (R$ 1.518,31).
f) Os trabalhadores pretos e pardos receberam, em média, R$ 882,42 a cada mês do ano passado, enquanto os de cor branca tiveram rendimentos de R$ 1.716,44.
3) Comparativo dezembro 2008/2009
a) Em dezembro de 2009 a renda média do trabalhador foi de R$ 1.344,40 – 0,7% superior à de dezembro de 2008. Já a renda por pessoa em cada domicílio subiu 4,4% e ficou em R$ 855,03.
b) Subiram 10,7%, de um dezembro para outro, os rendimentos dos empregados sem carteira de trabalho assinada; e 4,1% a renda dos trabalhadores por conta própria.
c) A renda dos empregados com carteira assinada no setor privado caiu 2,1%.
Emprego e desemprego
1) Período 2003/2009
a) O contingente médio anual de trabalhadores desocupados diminuiu 28,7%.
b) A população ocupada aumentou 14% no mesmo período.
c) A participação das mulheres no mercado de trabalho aumentou quase 20% – de 43% da população ocupada, em 2003, para 45,1%, no ano passado. Em números absolutos, eram 8 milhões de trabalhadoras, em 2003, e passaram a 9,6 milhões, em 2009. Na Região Metropolitana de Salvador o número de trabalhadoras cresceu 32,4%. No Rio de Janeiro houve o menor crescimento – 10,9%.
d) A população trabalhadora com idade de 50 anos ou mais foi o que mais aumentou em sete anos (42%).
e) Aumentou também a participação, no mercado de trabalho, das pessoas com maior nível de escolaridade. Os trabalhadores com 11 anos ou mais de estudo formavam 46,7% dos ocupados, em 2003, e passaram a formar 57,5%, no ano passado.
2) Comparativo dezembro 2008/2009
a) A taxa de desemprego em dezembro passado foi de 6,8% – igual à de dezembro de 2008 e a menor desde 2002.
b) A população ocupada (21,8 milhões) foi 1,4% maior do que a de dezembro de 2008. O aumento corresponde a mais 308.000 postos de trabalho. Em relação a dezembro de 2008, cresceu 8,4% a parcela de trabalhadores em serviços domésticos e 5,3% a de trabalhadores na construção.
c) O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (9,8 milhões) manteve-se estável em relação a dezembro de 2008.
d) A população desocupada (1,6 milhão) ficou estável em relação a dezembro de 2008.
Fonte: Brasília Confidencial
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