Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome é destaque
Em seu pronunciamento anual na época de Natal e ano-novo, o presidente Lula fez um balanço do período e começou lembrando como o otimismo e a positividade foram seus motes quando o mundo mergulhava na crise econômica global, em 2008. Um ano antes, exatamente, o presidente mandou todo mundo ir às compras e movimentar a economia, o que se mostrou a postura mais acertada, haja vista a força que teve o Brasil para enfrentar e sair da crise antes mesmo de países mais desenvolvidos.
Os projetos e políticas sociais, como o Bolsa Família, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, com o ministro Patrus Ananias à frente, cumpriram importante papel nesse desempenho. Foram eles que municiaram as populações mais pobres de instrumentos para produzir e consumir, girando assim a roda da inclusão social e econômica.
Leia a seguir a íntegra da fala do presidente Lula.
Pronunciamento à Nação do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em cadeia nacional de rádio e TV, por ocasião do final de ano
Minhas amigas e meus amigos,
Há exatamente um ano, neste mesmo horário, eu disse a vocês que o Brasil estava preparado para enfrentar a grave crise financeira que ameaçava o mundo, e que nossa economia era forte o suficiente para enfrentar qualquer desafio. Mais que isso: pedi serenidade aos brasileiros, que não se deixassem levar pelo nervosismo e ajudassem o Brasil a vencer a tormenta criada pela especulação financeira dos países ricos. Pedi que você não deixasse de fazer suas compras e que continuasse consumindo com responsabilidade. Isso era essencial para que a roda da economia não parasse de girar. E anunciei uma série de medidas para incentivar o consumo. O povo brasileiro mostrou, mais uma vez, que é um povo unido, solidário, corajoso e capaz de enfrentar com tranquilidade as situações mais difíceis. Acompanhou o governo e fez a sua parte, segurando o tranco e mantendo a economia em movimento. Com isso, todos saímos ganhando. Fomos um dos últimos países a entrar na crise e um dos primeiros a sair. O grande responsável por esta vitória não é o presidente nem o governo. É você. Por isso, fiz questão de voltar aqui hoje para agradecer a todos os brasileiros e informar as novas medidas que estamos tomando para que o Brasil siga crescendo de forma equilibrada e vigorosa.
Minhas amigas e meus amigos,
Graças a Deus, trago boas notícias. A primeira é a garantia de que o pior já passou. A segunda é a certeza de que a recuperação se dá de forma tão equilibrada que nossa economia vai sair da crise mais saudável do que entrou. E a terceira é o compromisso de que o governo continua atento, agindo na hora certa e de maneira correta. Asseguro a você: vamos ter um 2010 excelente, com crescimento forte da economia e a criação de milhões de empregos. Aliás, mesmo em 2009, um ano em que milhões de pessoas ficaram sem trabalho mundo afora, o Brasil mostrou sua força. De janeiro a novembro, criamos 1,413 milhão empregos com carteira assinada. Uma das razões dessa nossa segurança é o fato da recuperação econômica do Brasil vir se apoiando, de forma equilibrada, tanto no consumo como no investimento. E quando essas duas pernas ganham musculatura, a economia marcha sem tropeços. Hoje, o mundo inteiro não tem dúvida de que o Brasil já retomou seu ciclo de crescimento virtuoso.
Minhas amigas e meus amigos,
Temos motivos de sobra para comemorar, mas não devemos perder tempo com isso porque a cada dia temos um novo desafio pela frente. É como no futebol: se o time ganha e faz festa demais, perde a partida seguinte. É preciso foco, atenção e disciplina. Este ensinamento vale para tudo na vida. Se no ano passado anunciamos medidas de estímulo ao consumo, agora nossa ênfase é reforçar o investimento e, assim, fazer a roda da economia girar de forma saudável e sustentada, porque quando o investimento cresce, a produção também cresce, o emprego e o consumo aumentam, e aí a economia precisa de mais investimentos para continuar girando. Com este objetivo, estamos fortalecendo ainda mais o BNDES,criando uma nova linha de crédito de R$ 80 bilhões que se somam aos R$ 100 bilhões já disponibilizados este ano. E não para por aí. Autorizamos a criação da letra financeira, que vai permitir aos bancos privados captar recursos de longo prazo a taxas menores.
Com isso, eles poderão re-emprestar este dinheiro a juros mais baixos e com prazos mais longos. Vamos também apoiar as vendas de máquinas, tratores e equipamentos da indústria brasileira na América Latina e na África, e assim aumentar a produção da nossa indústria. Estamos colocando ainda R$ 15 bilhões no fundo da Marinha Mercante para apoiar a produção de navios, sondas e plataformas de petróleo. E prorrogando até 2014 a desoneração de todos os tributos federais para aumentar ainda mais a produção de computadores no Brasil. Dessa forma, vamos consolidar uma nova leva de investimentos saudáveis na nossa economia e estimular o setor produtivo a continuar investindo e empregando cada vez mais brasileiros.
Minhas amigas e meus amigos,
Por que conseguimos vencer tão bem a crise? Repito: por causa do talento, do esforço e da sensibilidade dos brasileiros. E porque o país soube fazer as escolhas certas. A mais importante delas foi escolher um modelo de desenvolvimento que junta crescimento econômico sustentável e distribuição de renda. Ou seja, mais Brasil para mais brasileiros. Dito de outra forma: os fundamentos que nos fizeram vencer a grave crise internacional são os mesmos que estão nos fazendo vencer a desigualdade, a pobreza e a injustiça. O mesmo modelo que venceu a crise foi o que permitiu, em apenas sete anos, a geração de 12 milhões de empregos com carteira assinada fez com que 20 milhões de brasileiros entrassem na classe média e 31 milhões saíssem da faixa de pobreza absoluta, ajudando a formar um dos mercados internos mais dinâmicos do mundo. O mesmo modelo que venceu a crise foi o que permitiu que o Luz para Todos chegasse a quase 11 milhões de pessoas no campo. E que o Bolsa Família beneficiasse mais de 12 milhões de famílias pobres. O mesmo modelo que venceu a crise é o que está garantindo a construção de 214 escolas técnicas, 12 universidades e mais de cem extensões universitárias em cidades do interior, no mais curto período da história. Permitiu, ainda, que o ProUni desse 596 mil bolsas nas universidades para alunos pobres e que mais que dobrássemos o acesso às universidades federais, criando 138 mil novas vagas. O mesmo modelo que venceu a crise foi o que permitiu a implantação do PAC, do Pré-sal e do Minha Casa, Minha Vida, três dos maiores programas do mundo em obras e benefícios, que estão gerando milhares de empregos no presente e vão gerar milhões no futuro. Por tudo isso, temos a grande responsabilidade histórica de fazer com que estas conquistas avancem ainda mais. E só podemos garantir isso com muito esforço, muito trabalho e com atenção plena, fazendo as escolhas corretas e tomando as decisões certas, nas horas certas.
Minhas amigas e meus amigos,
É com imensa felicidade que, como presidente, posso desejar um feliz Natal e um próspero ano novo aos brasileiros, sabendo que eles serão tão bons ou melhores dos que nos anos anteriores. Sabendo que, apesar de tantos problemas que temos ainda para resolver, o Brasil seguramente encontrou o melhor caminho para vencê-los. E este caminho foi aberto com a força da democracia e a energia da liberdade. Aprendemos a nos respeitar e, com isso, conquistamos o respeito do mundo lá fora. Que a paz, a esperança e, muito especialmente, o sonho tomem conta da alma de todos vocês neste Natal. Meu coração de brasileiro sente que, mais que nunca, recuperamos nossa capacidade de sonhar e realizar.
Obrigado e boa noite.
1 Comentários:
É , DEMO(?) e os psdebistas vão ter que engolir uma MULHER na Presidência da Republica, como a um tempo atras falou o Brizola sobre engulir um sapo barbudo !
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