Adeus ao Pena Branca
Morreu, ontem (09/02), aos 70 anos, vítima de enfarte, o cantor José Ramiro Sobrinho, o "Pena Branca", da ex-dupla sertaneja Pena Branca & Xavantinho. O cantor, ao passar mal em casa, no bairro do Jaçanã, na zona norte de São Paulo, foi encaminhado às pressas pela esposa, Maria de Lourdes, e pela vizinha para o pronto-socorro do São Luiz Gonzaga (PS Jaçanã), onde faleceu às 18h10.
José Ramiro, que não teve filhos, passou um dia normal em casa e até tocou algumas músicas em sua viola. "Ele nunca apresentou sinais de que tinha problemas no coração. Foi um enfarte fulminante", disse Ricardo. O corpo de Pena Branca será encaminhado ao IML. O velório e sepultamento, com horários ainda não definidos, ocorrem no Cemitério Parque dos Pinheiros, próximo da Rodovia Fernão Dias.
Nascido em 1939 em Igarapava, interior de São Paulo, Pena Branca iniciou carreira solo em 1999 com a morte do irmão, Ranulfo Ramiro da Silva, que na época tinha 57 anos. A dupla começou a cantar em 1962; e, em 1968, mudou-se para São Paulo para tentar a vida artística. Pena Branca e Xavantinho ganharam, em 1990, o Prêmio Sharp de melhor música ("Casa de Barro", de Xavantinho e Moniz) e melhor disco ("Cantado do Mundo Afora").
Em 1992, a dupla recebeu o prêmios Sharp e APCA. Os irmãos gravaram, em 1993, "Violas e Canções" (Velas), destacando-se "Viola Quebrada" (Mário de Andrade). Nesse ano, os shows da dupla chegaram até os Estados Unidos. Lançaram ainda "Ribeirão encheu" (Velas), em 1995, com "Luar do sertão" (João Pernambuco e Catullo da Paixão Cearense), e "Pingo d'água" (Velas), em 1996, com "Tristeza do Jeca" (Angelino de Oliveira) e "Flor do Cafezal" (Luís Carlos Paraná).
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