sexta-feira, 30 de abril de 2010

Imposição de Lula pode esvaziar campanha de Dilma

Lula dá sinal verde para PT intervir em Minas
Disposto a obrigar o PT a apoiar a candidatura do senador Hélio Costa (PMDB) ao governo de Minas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu sinal verde para o Diretório Nacional petista intervir na seção mineira, caso o partido não saia pacificado da prévia marcada para o próximo domingo.
Lula está convencido de que Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à sua sucessão, precisa não apenas do apoio do PMDB como de palanque único em Minas para chegar ao Planalto. Trata-se do segundo colégio eleitoral do País, depois de São Paulo, administrado pelo PSDB.
Há, porém, uma crise à vista: a disputa no PT de Minas envolve justamente o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel ? um dos coordenadores da campanha de Dilma ?, e o ex-ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, que comandou o Bolsa-Família. Ao que tudo indica, quem ganhar não vai levar e pode, no máximo, ser candidato ao Senado ou a vice na chapa liderada por Costa.
O potencial de desgaste desse confronto foi tratado ontem em duas reuniões reservadas. Em uma delas, um café da manhã na casa de Marco Maia (RS), vice-presidente da Câmara, deputados que integram a corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária no PT, cobraram do presidente do partido, José Eduardo Dutra, uma posição mais firme como porta-voz da equipe de Dilma.
Amigo da candidata desde os tempos da juventude, Pimentel é alvo de fogo amigo no PT. Em conversas reservadas, dirigentes do partido avaliam que ele "posa de coordenador" e debitam na sua conta a responsabilidade pela falta de eixo na primeira etapa da campanha, quando Dilma tropeçou nas palavras e cumpriu agenda sem densidade política, ficando "refém" do adversário José Serra (PSDB).
Na prática, há uma trinca de homens fortes na campanha, que nem sempre agem em sintonia: Dutra, Pimentel e o deputado Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda. O presidente do PT representa o partido; Pimentel é o nome de Dilma e Palocci, o de Lula.
Dor de cabeça. O embate em Minas para definir quem será o candidato à sucessão do governador Antonio Anastasia (PSDB), um aliado de Aécio Neves, põe o PT em rota de colisão com o PMDB e promete dor de cabeça para Dilma, embora haja outros casos na fila do enquadramento. Na lista está o Maranhão, onde Lula exige que o PT apoie a reeleição de Roseana Sarney (PMDB).
(...)
Dutra também tentou jogar água na fervura. Apesar de vários deputados terem confirmado ao Estado a presença dele na reunião de ontem, relatando até mesmo suas observações, Dutra desconversou: "Não fui a esse encontro." O presidente do PT usou ainda um jogo de palavras para dizer que não haverá enquadramento em Minas. "Eu não tratei desse assunto com o presidente Lula e o caso não é de intervenção", insistiu.
No lugar de intervenção, a cúpula do partido fala agora em decisão política. "O 4.º Congresso do PT, em fevereiro, deu poderes ao Diretório Nacional para definir a política de alianças nos Estados", afirmou Dutra. "Nós não vamos aceitar uma solução de cúpula", reagiu o deputado Reginaldo Lopes, presidente do PT mineiro.
Fonte: Estadão

Cimed pronto para derrotar o milionário e forasteiro time de vôlei de Montes Claros

Pode parecer coincidência, mas não, é o resultado de muito trabalho que faz a Cimed/Malwee estar pelo quinto ano consecutivo nas finais do principal campeonato entre clubes do Brasil, a Superliga Masculia. Mas que trabalho é esse? O que faz um time, com cinco anos de história, chegar a todas as finais da Superliga que participou? Aonde esse grupo busca motivação para conseguir tantos feitos? As respostas você não encontra em uma só pessoa e sim em um grupo, um time, uma família.
Podemos chamar a equipe Cimed/Malwee de família. Com uma campanha de dar inveja a qualquer equipe que investiu muito, a Cimed/Malwee manteve o grupo base das últimas edições da competição e, e desse grupo fez valer o talento e a união.

"Nós não não ficamos refém de um jogador ou de um fundamento. Trabalhamos o grupo e todos os fundamentos. A Cimed/Malwee não tem nenhum jogador entre os maiores pontuadores. Temos um grupo que está bem nos fundamentos por equipe, como ataque, bloqueio, recepcção. Esse é o conceito da Cimed/Malwee. É união, é grupo, é familia", explica o técnico Marcos Pacheco.
O ponta Renato, que está na equipe desde o segundo ano do projeto, concorda com o teçnico Pacheco. "A afinidade que temos nos ajuda a obter bons resultados em quadra. Somos um time, uma familia mesmo. Somos amigos dentro e fora da quadra e isso ajuda, porque quando um não está bem, o grupo procura entender a situação e ajudar o colega. Nos entendemos até pelos gestos e isso é muito legal", explica Renato.
Em todas as edições da Superliga, a Cimed/Malwee enfrentou os mineiros. Nas outras edições, foi a equipe do Minas/Vivo, agora é a vez da estreante Bonsucesso/Montes Claros. Como na história da Cimed/Malwee, a equipe mineira surpreendeu ao chegar na final no primeiro ano de existência. Para Pacheco, a Cimed/Malwee não deve se impressionar com isso.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Time aponta Lula como o mais influente do mundo

A revista norte-americana Time colocou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no topo de sua lista das pessoas mais influentes do mundo, divulgada hoje no site da publicação. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, aparece em quarto no levantamento, realizado anualmente.
Em texto assinado pelo documentarista norte-americano Michael Moore, a Time qualifica Lula como "um filho legítimo da classe trabalhadora da América Latina" e lembra alguns aspectos de sua trajetória. A reportagem da revista nota que Lula decidiu entrar na política após perder a esposa no oitavo mês de gravidez, junto com o bebê, por não ter como bancar "um serviço médico decente". "Há uma lição aqui para os bilionários do mundo: deixem as pessoas terem um bom sistema de saúde, e elas darão muito menos trabalho para vocês", defendeu a Time.
"O que Lula quer para o Brasil é o que nós costumávamos chamar de Sonho Americano", afirmou Moore.
O ranking da Time é dividido em alguns tópicos e Lula lidera na categoria Líderes (além de ser o primeiro da lista geral). Outros políticos citados entre os líderes são Obama, em 4º, o primeiro-ministro japonês, Yukio Hatoyama, em 7º, e a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, em 8º lugar.
Entre os "Heróis", o topo ficou para o ex-presidente dos EUA Bill Clinton, elogiado por seu papel como enviado da ONU no Haiti desde 2009.
Entre os artistas, o topo ficou com as mulheres: a escolhida foi a cantora pop Lady Gaga. Em terceiro lugar ficou Kathryn Bigelow, ganhadora do Oscar de melhor filme e melhor direção, pelo filme Guerra ao Terror. Em seguida, aparece a apresentadora Oprah Winfrey. Entre os pensadores, o topo da lista ficou para a arquiteta iraquiana Zaha Hadid.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Vice-presidente, José Alencar, sofre golpe do falso seqüestro

O vice-presidente da República, José Alencar, foi transformado na noite de domingo em mais uma vítima do golpe do falso seqüestro, segundo reportagem publicada na edição de hoje do Jornal do Brasil.
Baseado em relato do próprio Alencar à jornalista Hildegard Angel, o texto da reportagem diz o seguinte:
“Sem empregados em casa, em Ipanema, ele mesmo atendeu ao toque do telefone, aceitando a chamada a cobrar e ouvindo, do outro lado da linha, o choro forte de uma jovem, que ele julgou fosse uma de suas filhas. Ela apelava, desesperada:
‘Meu pai, meu pai, me pegaram, meu pai, estou amarrada, paga logo eles para eles me soltarem, meu pai!’. Ato contínuo, um suposto sequestrador assumiu o telefone anunciando que a moça estava em seu poder e exigindo R$ 50 mil de resgate.
Muito tenso, Alencar tentou argumentar, alegando não ter, àquela hora, tal soma.
‘Não sou do Rio, não tenho tudo isso aqui!’.
O criminoso, irredutível, também pediu joias. Alencar explicou que sua mulher, muito religiosa, fizera promessa e não as tinha. Depois de negociar sob pressão emocional, ouvindo o choro da ‘filha’ ao fundo, Alencar conseguiu baixar para R$ 20 mil e, em seguida, sem desligar, acionou o empresário Walter Moraes:
‘Preciso pegar R$ 20 mil com urgência no Banco do Brasil’.
O amigo se prontificou, ouvindo:
‘Então manda providenciar para mim, é uma emergência, é uma emergência’.
Enquanto aguardava pelo dinheiro, ainda ao telefone, o interlocutor fez a pergunta:
‘Você trabalha com o quê?’. E ele: ‘Eu sou vice-presidente da República do Brasil’. E o bandido: ‘Qual é seu nome?’. ‘José Alencar Gomes da Silva’. Ato contínuo, o bandido desligou.
A segurança da Vice-Presidência apura a origem do telefonema, que, tudo leva a crer, foi mais um a partir de presídios, que, por mais que a população sofra, continuam a receber sinal das empresas de telefonia móvel, mais afeitas ao seu lucro do que às necessidades da população.
(…) Com experiência na investigação desse tipo de crime, o titular da Divisão Anti-Sequestro da Polícia Civil, Marcos Reimão, fez críticas ao atual modelo adotado pelas operadoras de telefonia móvel do país. Segundo ele, a preocupação com o lucro permite que clientes estejam cadastrados nos bancos de dados das empresas sem informações básicas que poderiam solucionar casos de extorsão por telefone.
‘O interesse público nunca foi prioridade para as operadoras, já que a parte financeira está acima de tudo e de todos’, reclama Reimão”.
JB Online

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Comparação entre Lula e FHC é inevitável

De maneira pretensiosa, a oposição decidiu que vai fugir às comparações entre os governos Lula e Fernando Henrique Cardoso, como se as eleições deste ano fossem realizadas em outro planeta. O debate é inevitável, com ou sem a participação da oposição e de seus porta-vozes na mídia.

Por Fernando Ferro*

Os demo-tucanos querem, na prática, esconder que fizeram parte do fracassado governo FHC (1995-2002), que quebrou o país três vezes, levou ao apagão de 2001 e rastejou perante o FMI.
Em 2002, no plano federal, o povo queria mudanças e eles prometiam continuidade; agora, a grande maioria da população quer manter o ritmo mudancista, com crescimento econômico, geração de empregos e inclusão social, e eles querem retroceder.
A tática é tentar desconstruir os êxitos alcançados a partir de 2003.
Certamente o PT e seus aliados não terão dificuldades para remover as densas camadas de mistificação montadas para embelezar o retumbante malogro dos governos de FHC.
Já em 2006, independentemente da histeria da maior parte da mídia, o povo separou o joio do trigo.
Insiste-se que o governo Lula seria simples continuação do de FHC, mas a maioria da população sabe que não é. Exemplo: em oito anos, FHC criou 780 mil empregos, registrados no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) para celetistas, enquanto em sete anos e meio o governo Lula gerou 12 milhões.
Esse dado é estarrecedor e tanto mais grave quando se considera que há quem pense que não é necessariamente um símbolo do fracasso de FHC, porque entre suas prioridades não estava a geração de empregos.
Com Lula, o salário mínimo teve aumento real de 53%, desmentindo a cantilena neoliberal de que esse aumento quebraria a previdência e os pequenos municípios.
A dívida externa foi eliminada, e a interna, reduzida em mais de 20 pontos percentuais. A dívida com o FMI foi quitada e o país se tornou credor da instituição, além de construir uma reserva cambial de US$ 240 bilhões.
O Brasil de Lula, com políticas heterodoxas, firmeza e em defesa do interesse nacional, conseguiu superar os graves reflexos da crise mundial iniciada em 2008, a qual teria levado o país à UTI se ocorrida no ortodoxo governo de Fernando Henrique.
Este, diante das crises periféricas que enfrentava, recorria ao FMI para pedir um empréstimo, aumentava impostos e as taxas de juros e arrochava os salários. Em 2008, Lula apostou no consumo e, em vez de aumentar os impostos, aplicou uma desoneração gigantesca. Foi dessa maneira que o Brasil superou a crise.
O povo percebe em seu dia a dia as alterações que vão se processando e que se expressam nas taxas mais baixas de inflação da história, no sucesso dos programas sociais e na maior oferta de oportunidades em muitos aspectos da vida.
Com políticas públicas e desatrelados do elitismo, fortalecemos a economia interna, com a inclusão de 30 milhões de pessoas à classe média.
A vitória frente a FHC não se deu apenas nos números da economia, nos indicadores sociais e na política externa. O avanço na consolidação dos espaços da democracia é igualmente importante: o conjunto de conferências realizadas (saúde, idosos, comunicação etc.) revela a participação popular na construção de políticas públicas.
Até o PAC foi também elaborado a partir de contribuições de lideranças populares e empresariais, inovando na forma de governar e consolidando instrumentos de democracia direta.
A oposição busca desqualificar e negar a realidade, guiando-se, sem respeitabilidade democrática, pela memória de Carlos Lacerda. Qual é o presente de uma oposição que hoje usa discurso moralista hipócrita, fingindo ignorar inúmeros comprometimentos com diferentes e repetidos casos de corrupção, onde a crise de Brasília é apenas a mais visível?
Não há como José Serra escapar de ser o anti-Lula: a eleição será plebiscitária e marcada pela confrontação entre os dois polos. As comparações podem ir além de Lula e FHC, envolvendo também os governos estaduais e municipais e temas como ética, gestão, soberania nacional etc.
A comparação é tão importante e necessária que o candidato tucano usa discurso defensivo e matreiro do pós-Lula. Quer pegar carona na popularidade de Lula, a quem não consegue atacar, e revela que não houve nem haverá pós-FHC.
Essa é a síntese de um confronto de projeto que nos é amplamente favorável. A história nos diz que não há futuro sem presente e passado. Mas os tucanos tentam desesperadamente esconder o seu.


* Fernando Ferro é engenheiro eletricista, é deputado federal pelo PT-PE, líder do partido na Câmara dos Deputados e vice-presidente da Comissão de Energia e Minas do Parlamento Latino-Americano (Parlatino).

Fonte: coluna Tendências/Debates do jornal Folha de S. Paulo

STF vai julgar lei de FHC que acelerou “privatização branca”

O Supremo Tribunal Federal (STF) pretende retomar neste semestre o julgamento da constitucionalidade da lei que permitiu a criação das Organizações Sociais (OSs), sancionada há 12 anos pelo Governo Fernando Henrique Cardoso. Amparadas por leis estaduais semelhantes à federal, hoje as OSs são responsáveis pela gestão de vários serviços públicos nas áreas de saúde, cultura e educação do Governo de São Paulo e são apontadas pelos seus críticos como uma ferramenta da “privatização branca”.
A Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a lei federal foi movida pelo PT e o PDT, com pedido de liminar, negada em 2007. Agora, está pronta para ter seu mérito votado. A expectativa é de que o resultado deste julgamento seja seguido por tribunais inferiores. Se a lei de FHC for considerada inconstitucional, as estaduais também poderão ser anuladas, desmontando o modelo de gestão onde as OSs estão consolidadas.

QUARTEIRIZAÇÃO
“Na saúde de São Paulo, as Organizações Sociais de Saúde (OSS) já estão promovendo uma quarteirização dos serviços de atendimento”, denuncia o diretor do Sindicato dos Trabalhadores Públicos na Saúde do Estado de São Paulo (Sindsaúde) Angelo D’Agostini. Ele explica: em geral uma OS assume a gestão de um hospital, que se torna então terceirizado. E este hospital contrata serviços de laboratório, que também é gerido por uma OS.
“Nós chamados o Hospital do Mandaqui de Shopping Center da saúde, porque cada serviço prestado foi entregue a um gestor diferente”, conta.
Embora o governo do Estado argumente que as OSs agilizam a administração, D’Agostini afirma que elas prejudicam o atendimento à população, pois direcionam sua atuação para os procedimentos mais lucrativos.
“Em 2008 os hospitais Pedreira e Santa Catarina, por exemplo, reduziram em mais de 6 mil o número de primeiras consultas, consultas subseqüentes, pediatria e obstetrícia contratadas e aumentou em mais de 600 o número de cirurgias”, conta.
Outro problema apontado pelo diretor é a má gestão dos recursos. “Dos 13 hospitais gerenciados por OSs, 11 tiveram déficit, algumas em mais de 10%”, afirma. Estes déficits são pagos por empréstimo bancário, cobertos no ano seguinte na renovação do contrato.
“O contrato estabelece um valor, capaz de cobrir certo número de procedimentos. Quando há déficit, no ano seguinte este valor é aumentado”, explica D’Agostini.
Segundo levantamento do Sindsaúde, cerca de 90% dos 2,3 mil trabalhadores da saúde na região do ABCD sob responsabilidade do governo estadual são terceirizados. No Estado, este índice pode passar de 50%.

CULTURA PRIVADA
O primeiro contrato com OSs na secretaria de Cultura foi assinado em 2004. Em 2008, elas receberam 69,7% do orçamento da secretaria. Este valor caiu depois, não por redução da presença das OSs, mas porque aumentou o investimento em obras.
A trajetória da Associação Paulista dos Amigos da Arte (Apaa) é um exemplo deste aumento de recursos nas mãos das OS. Em 2004, quando assinou o primeiro contrato com a secretaria, a Apaa recebeu R$ 6,5 milhões para administrar por um ano quatro teatros e um centro cultural. Este ano, com vários outros projetos e eventos na mão, vai receber pelo menos R$ 45,9 milhões. Na época do primeiro repasse, a Apaa tinha 76 funcionários; hoje, possui 297.
No total, a secretaria tem contrato com 19 entidades credenciadas, todas com o mesmo ritmo de crescimento. A natureza jurídica destas organizações permite a captação de recursos externos, mas esta opção não é muito utilizada, mesmo nos casos como o da Fundação Osesp (da Sinfônica do Estado), que tem grande potencial de retorno. A Osesp receberá do governo estadual em 2010 ao menos R$ 43 milhões, enquanto, segundo a secretaria, a previsão de captação de outros recursos (incluindo Lei Rouanet) é de R$ 24 milhões.
O modelo vem sendo adotado também no Governo Kassab, que pretende privatizar até mesmo dois ícones da cultura da cidade, o Teatro Municipal e a Biblioteca Mario de Andrade. No caso do Teatro, fechado para reforma há mais de um ano, o projeto de lei que permitirá a sua gestão por uma OS tramita na Câmara. Para a Biblioteca, a primeira iniciativa não deu certo, mas o Executivo já prepara um novo projeto de lei. As obras de reforma da Biblioteca, que também está fechada, estão com mais de um ano de atraso. O prazo de entrega previsto em contrato, assinado com o Consórcio Concrejato Tensor, venceu em março de 2009

sexta-feira, 23 de abril de 2010

FHC revela que Serra foi quem mais defendeu as privatizações


Durante entrevista a revista “Veja”, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que quem mais queria privatizar as estatais durante o seu governo não era ele, mas sim o atual governador de São Paulo, José Serra (PSDB): “O Serra foi um dos que mais lutou a favor da privatização da Vale”, afirmou Fernando Henrique.
“Tem muita gente que diz que o Serra é estatizante. Não, não é nada disso”, destacou o ex-presidente. Fernando Henrique afirmou que demorou muito tempo para se convencer que era necessário privatizar a Vale: “Eu vinha de outra formação. Tinha uma resistência psicológica a isso”, jurou o tucano, mas sem esconder que achou um “sucesso” a entrega das siderúrgicas. “Elas estão aí e deram certo”, afirmou.


FHC lembrou ainda que José Serra brigou, também, pela entrega da Light. “A Light também foi o Serra”.

Agora, leia mais essa

A acusação de uma tentativa de cobrança de propina na privatização da Companhia Vale do Rio Doce, em maio de 1997
O ex-diretor do Banco do Brasil e empresário Ricardo Sérgio de Oliveira(O escândalo da privatização das teles levou Ricardo Sérgio a deixar o cargo de diretor do BB em novembro de 1998), também responsável no passado pela arrecadação de fundos de campanha do atual presidenciável tucano José Serra, teria cobrado R$ 15 milhões ou US$ 15 milhões, conforme a versão para organizar o consórcio vencedor da privatização da Vale. Leia aqui

A Companhia Vale do Rio Doce, foi privatizada em 6 de maio de 1997. O consórcio Brasil, liderado pela Companhia Siderúrgica Nacional, de Benjamin Steinbruch, adquiriu o controle acionário da Vale por R$ 3.338.178.240.

"Mídia brasileira é totalmente partidária", afirma Mino Carta

“Não há esperança de sobrevivência humana sem que haja homens dispostos a contar o que acontece. E que acontece porque é”. A frase de Hannah Arendt, dita pelo diretor de redação da revista Carta Capital, jornalista Mino Carta, marcou o encerramento de sua palestra em Salvador, na sexta-feira (16), sobre “O partido político da mídia”.

O evento, organizado pelo Grupo de Estudos de Comunicação e Política da UFBA, do qual o jornalista e professor Emiliano José é coordenador, aconteceu no auditório da Faculdade de Direito da UFBA e foi transmitido ao vivo pela internet, através do site da Companhia de Processamento de Dado do Estado da Bahia (Prodeb).
“Não há esperança de sobrevivência humana sem que haja homens dispostos a contar o que acontece. E que acontece porque é”. A frase de Hannah Arendt, dita pelo diretor de redação da revista Carta Capital, jornalista Mino Carta, marcou o encerramento de sua palestra em Salvador, na sexta-feira (16), sobre “O partido político da mídia”.

PSB avisa Ciro que pretende apoiar candidatura de Dilma

O presidente e o vice-presidente nacional do PSB, Eduardo Campos e Roberto Amaral, avisaram ontem o deputado Ciro Gomes (CE) que, em reunião marcada para terça-feira, provavelmente o comando do partido decidirá apoiar a candidatura da petista Dilma Rousseff à Presidência da República. Os argumentos são de que o PSB, isolado, não tem condições de sustentar candidatura própria; considera prioritário neste ano dobrar a bancada de deputados federais; e a maioria dos dirigentes estaduais acha que a candidatura à Presidência prejudica os acordos locais.

Em nota divulgada no fim do dia, a assessoria do deputado escreveu o seguinte:

“Ciro afirma que continua candidato, que considera sua postulação importante para o PSB e para o País e que jamais desistirá de concorrer à Presidência. Se o seu partido decidir por não apresentar candidatura própria que assuma o ônus da decisão, a qual ele aceitará e respeitará como filiado”.

O vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, afirmou que no dia 27 o comando partidário vai “avaliar a melhor forma de atingirmos nossas prioridades e garantir o aprofundamento do projeto do presidente Lula”.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Farmácias populares já têm remédio contra gripe suína

O fosfato de oseltamivir, remédio usado no tratamento da gripe suína, está disponível desde ontem nas 530 farmácias próprias do Programa Farmácia Popular, do Ministério da Saúde. Serão disponibilizados dois milhões de tratamentos para distribuição gratuita mediante receita prescrita por médicos da rede pública ou particular. A receita tem validade de cinco dias e será retida pela farmácia.
“A receita é fundamental para evitar a automedicação, a corrida às farmácias e a venda indiscriminada”, explicou o diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, José Miguel do Nascimento Júnior.
O medicamento que chegou às farmácias populares foi produzido pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a partir do princípio ativo que o Ministério da Saúde tinha em estoque. O próprio Farmanguinhos distribuirá o oseltamivir e enviará relatórios quinzenais ao Ministério da Saúde sobre a demanda em cada uma das farmácias. A intenção é monitorar a procura pelo remédio e controlar a distribuição dos tratamentos, de acordo com as necessidades locais.
Além das farmácias populares, o oseltmivir continuará a ser distribuído nos postos e hospitais definidos pelas secretarias de saúde dentro da estratégia nacional de enfrentamento da gripe suína. O estoque do Ministério da Saúde é suficiente para 21,9 milhões de tratamentos adultos e pediátricos.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Rodrigo Vianna: como a Globo pode perder o monopólio do futebol

Nos cadernos de “Esporte” dos jornais, e nos sites e blogs especializados em futebol, duas notícias ganharam destaque essa semana: 1) a possibilidade de a Fifa vetar o estádio do Morumbi como sede para a Copa de 2014 (foi um “furo” do Estadão, depois desmentido — em parte — por outros jornais); 2) a (re)eleição de Fabio Koff para dirigir o Clube dos 13 (que reúne os maiores clubes de futebol do Brasil).
Por Rodrigo Vianna, no blog  Escrevinhador
Quem não acompanha futebol de perto, a essa altura, já deve ter aberto um sonolento bocejo: “Ah, isso é papo pra mesa redonda, domingo à noite”. Engano. As duas notícias estão ligadas, e são a face aparente de uma batalha — milionária e silenciosa — travada nos bastidores do esporte mais popular do Brasil.
Acompanhar essa batalha é tão importante quanto — por exemplo — saber detalhes sobre a fusão do Pão de Açúcar com as Casas Bahia. Ou discutir se o governo vai dar (mais) dinheiro para gigantes da telefonia.

Vamos por partes.

O Clube dos 13 é quem negocia os direitos de transmissão dos jogos na TV. Atualmente, a Globo é a dona do futebol no Brasil. Pagou, aproximadamente, R$ 1,5 bilhão por três anos de exclusividade na transmissão (e repassou à Band parte dos direitos).
Vários clubes acham que o valor é baixo. Mas outros tantos clubes estão de joelhos: endividados, vivem dos adiantamentos (pelos direitos de transmissão) que a Globo oferece.
Quem conhece de perto esse mercado, concorda: a Globo paga pouco para ser a dona do futebol no Brasil.
Um grupo de dirigentes resolveu peitar a Globo e sua aliada CBF. O confronto não é aberto. É uma guerra de bastidores. Esse grupo (liderado, entre outros, pela diretoria do São Paulo F. C.) decidiu apoiar Fabio Koff para mais um mandato na presidência do Clube dos 13.
Essa turma calcula que, no próximo triênio (2012/2013/2014), o “pacote do futebol” deveria ser vendida pelo dobro: R$ 3 bilhões!
A Globo e a CBF não gostaram disso. Para enfrentar Koff, lançaram o ex-presidente do Flamengo Kleber Leite.
Nessa história, claro, ninguém é bonzinho, e nem é possível ser muito esquemático — mas as forças estão assim divididas: Globo/CBF/Kleber Leite x Fabio Koff/principais lideranças do Clube dos 13.

A Globo e a CBF perderam.

Acredita-se que isso abre a chance de negociações mais amplas para transmissão do futebol. A Globo pode perder o monopólio. Há pelo menos uma chance. A Record já lançou um comunicado sobre o fato.
E o que isso tudo tem a ver com a notícia de que o Morumbi não vai mais ser a sede paulista da Copa?
Conversei com três jornalistas que acompanham muito de perto os bastidores do esporte, e os três me garantiram que a fonte da tal matéria do Estadão seria o poderoso dueto carioca que saiu derrotado na eleição do Clube dos 13. Seria uma vingança contra o São Paulo F.C. — que fez campanha aberta por Koff, e é um dos clubes que comandam o movimento pela majoração do “pacote futebol”.
Quem diz isso é ese blogueiro que — vocês sabem — não tem smpatia nenhuma pelo time do Morumbi. Mas esses são os fatos. Ou, ao menos, as versões que circulam nos bastidores do futebol.
Será que a CBF pode mesmo fazer campanha contra o Morumbi junto à Fifa? Como vingança? Ou mandou só um recado ao time do Morumbi?
A Fifa, oficialmente, nega que tenha vetado o estádio sãopaulino como sede da Copa.

Acompanhar essa história é importante.

O cenário, hoje, é menos favorável para a Globo. Não quer dizer que a emissora carioca deixará de transmitir futebol. Seria ingenuidade pensar nisso. Mas, talvez, a emissora dos Marinho tenha que entregar uma fatia do mercado para as concorrentes.
Se o novo Clube dos 13 insistir no pacote de R$ 3 bilhões, calcula-se que a Globo sozinha não teria como bancar o negócio.
Os clubes poderiam fatiar as transmissões, entregando algumas para a Globo, e outras para quem oferecer a melhor proposta. Isso em dias e horários diferentes ao longo da semana...
O tripé da Globo é futebol/novela/notícia. Esse tripé corre risco de ficar manco. Se a Globo perder uma fatia do futebol, perderá força, dinheiro e poder. Seria saudável para o público, para os clubes (que teriam opções para negociar), para o mercado publicitário (que não ficaria refém de um grupo), e para a democracia (com menos poder concentrado na mão de uma única família).

Essa seria a regra, num país mais civilizado.

Mas aqui — onde os capitalistas fazem simpósios para defender a liberdade, mas adoram um acerto cartorial pelo alto — tudo pode acontecer!
E esse “tudo pode acontecer” — sim — seria perfeito numa mesa redonda domingo à noite! Um dia eu chego lá...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Nova pesquisa desmente Datafolha e reforça crescimento de Dilma


A pesquisa Sensus, divulgada ontem (terça-feira 12/4) e que mostra empate entre os presidenciáveis Dilma Rousseff e José Serra, não surpreendeu o PT. O PSDB, no entanto, colocou dúvidas sobre a veracidade do resultado, repecutindo uma estratégia que também foi usada pela mídia: a de colocar em dúvida os resultados que são desfavoráveis ao candidato tucano.
Segundo a sondagem, Serra tem 32,7% das intenções de voto, enquanto Dilma aparece com 32,4%; Ciro Gomes (PSB) com 10,1% e Marina Silva (PV), 8,1%. Votos brancos ou nulos somam 7,7%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

A pesquisa, encomendada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada de São Paulo, foi realizada entre os dias 5 e 9 de abril, em 136 municípios de 24 Estados, e ouviu 2 mil pessoas. O levantamento foi registrado junto ao Tribunal Superior Eleitoral sob o número 7594/2010, em 05 de abril.

Segundo a pesquisa, quando a lista de candidatos exclui Ciro Gomes (PSB), José Serra (PSDB) tem 36,8% da preferência, Dilma Rousseff (PT), 34%, e Marina Silva (PV), 10,6%. Nesse cenário, os votos brancos e nulos somam 9,1% e 9,5% dos eleitores consultados ficou sem responder.

Na simulação de segundo turno entre Dilma e Serra, os tucanos ficam na frente, com 41,7% dos votos válidos, enquanto a candidata petista atrai 39,7% dos eleitores consultados, dentro da margem de erro, o que configura empate técnico. Os votos brancos e nulos chegam a 10,1% e 8,5% das pessoas ouvidas não responderam.

Dilma cresceu quase cinco pontos e Serra caiu

Na pesquisa Sensus realizada no final de janeiro, ainda que não possa ser comparada com a atual pois são pesquisas com contratantes diferentes, José Serra aparecia com 33,2% e Dilma com 27,8%; Ciro Gomes (PSB), vinha em terceiro com 11,9% e Marina Silva (PV) ficava em 6,8%.

No segundo cenário, em que Ciro está fora da disputa, Serra tinha com 40,7% e Dilma 28,5%. Marina chegava a 9,5%.

Nos dois casos, nota-se um evidente crescimento da candidata petista. Na disputa em que Ciro participa, Dilma saltou de 27,8% em janeiro para 32,4% agora (crescimento de 4,6 pontos percentuais) e Serra caiu de 33,2% para 32,7% (queda de 0,5 pontos). No segundo cenário, sem Ciro, Dilma sobe aind mais, passando de 28,5% para 34% e Serra cai de 40,7% para 36,8%.

Dilma tem menor rejeição, lidera espontânea e Lula transfere mais votos

O Sensus também realizou a pesquisa espontânea, na qual não são apresentados os nomes dos candidatos ao entrevistado. Dilma, então, aparece em primeiro lugar, com 16%. O presidente Lula, que não será candidato nas próximas eleições, tem 15,3%. Serra aparece em terceiro com 13,6%. Marina tem 2,5% e Ciro, 1,6%.

O levantamento analisou ainda a rejeição dos candidatos e a capacidade de transferência de votos de Lula e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Marina Silva é a que tem maior taxa de rejeição: 30,7% dos entrevistados disseram que não votariam de jeito nenhum dela. A taxa de rejeição de Serra é de 28,1%, a de Ciro, de 27,9% e a de Dilma, de 26,3%.

Já Lula é o que tem maior capacidade de transferir votos: 24,7% dos eleitores afirmaram que o candidato do Lula é o único no qual votaria, enquanto 36,9% dizem que poderiam votar nele. Já para Fernando Henrique, esses percentuais são, respectivamente, de 5,1% e 23,3%. Outros 19,3% disseram que não votariam no candidato de Lula, enquanto 49,9% não votariam no candidato de FHC.

Com medo de ser desmascarada, Folha ataca rivais

Como era de se esperar, o jornal Folha de S. Paulo, que pertence ao mesmo grupo do Datafolha, tentou desqualificar a pesquisa Sensus, tal como fez com a pesquisa anterior do Vox Populi. As duas pesquisas (Vox Populi e Sensus) desmentem cabalmente os "nove pontos de vantagem" com os quais o Datafolha presenteou José Serra em seu último levantamento.

Para que o Datafolha não fique carimbado na praça como um instituto que manipula os resultados de suas pesquisas, a Folha tratou de pautar matérias que colocassem em dúvida o resultado de levantamentos que não condiziam que o resultado do Datafolha.

Sobre o Vox Populi, a Folha questionou a ordem das perguntas, insinuando que a ordem afetou o resultado (leia mais aqui) e sobre a Sensus, a Folha colocou em dúvida a contratação da pesquisa, que havia sido registrada inicialmente em nome do Sindecrep (Sindicato de Trabalhadores em Concessionárias de Rodovias) de São Paulo e depois retificada para Sintrapav (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada de São Paulo).

Com esses questionamentos, a mídia oferece argumentos para que a oposição, pelo menos para a opinião pública, "desconsidere" as pesquisas que não lhe são favoráveis.

O presidente do PSDB, o senador Sérgio Guerra, afirmou que seu partido não leva em consideração as duas mais recentes pesquisas que apontam empate técnico entre os presidenciáveis José Serra, tucano, e Dilma Rousseff, petista.

"Não é nada de pessoal, mas pesquisas do Sensus e do Vox Populi, nos últimos tempos, têm estado muito diferentes dos nossos acompanhamentos, das nossas pesquisas e das de outras instituições. Não estamos trabalhando com elas", afirmou Guerra ao Terra Magazine, refletindo nitidamente a estratégia desenhada pela Folha.

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) foi na mesma linha e colocou em dúvida o resultado a pesquisa Sensus por ela ter sido contratada por um sindicato de trabalhadores. Na visão elitista do líder tucano, fosse um sindicato patronal que tivesse contratado a pesquisa, aí sim ela mereceria crédito.

“Não gosto de desconstruir pesquisa. Mas uma diferença de 9%, da pesquisa do Datafolha, para 0%, do Instituto Sensus, é muito estranha”, disse o senador tucano. “Essa não é a fotografia do momento”, completou.

Dutra: oposição cria factóides

O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, disse que não é hora de subir no salto alto e que só comemora o resultado de eleição. “Eu não comemoro pesquisa. Eu acho que eles vão ficar empatados até o começo da campanha, no meio do ano”, afirmou.

Para Dutra, as críticas da oposição sobre o desempenho da ministra na pré-campanha se revelaram factóides. Na semana passada, durante viagem de Dilma a Minas Gerais , lideranças do PSDB, DEM e PPS disseram que ela “escorregou” ao sugerir uma parceria com o governador do Estado, Antonio Anastasia. “Só mostra como eles criam factóides. Eles estão sem discurso, sem projeto”, reagiu.

Avaliação positiva do governo subiu para 72,8%

Ainda segundo o levantamento realizado pelo Instituto Sensus, a avaliação positiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de 72,8%. O governo Lula é ótimo para 27,2% e bom para 45,6% dos eleitores. Outros 20,2% consideram o governo regular, enquanto 2,6% o avaliam como ruim e 3,3% como péssimo. Não souberam ou não quiseram responder 1,2% dos eleitores. Na última pesquisa Sensus que avaliou o governo Lula, ele aparecia com aprovação de 71,4%.

Veja, no gráfico abaixo, os resultados obtidos por Serra e Dilma nas últimas pesquisas

segunda-feira, 12 de abril de 2010

SURREALISMO - Por Geraldo Elísio

"Um povo corrompido não pode tolerar um governo que não seja corrupto." - Marquês de Maricá

O surrealismo foi um movimento artístico e literário surgido em Paris nos anos 20 , influenciado pelas teorias psicanalíticas de Freud e enfatiza o papel do inconsciente na atividade criativa. Seus representantes mais conhecidos são Magritte e Salvador Dali, nas artes plásticas, André Breton, na litereatura, e Luis Buñuel, no cinema.
Mas parece ter sido no Brasil que esta corrente ganhou maior campo. Este veterano repórter foi surpreendido no último final de semana com uma conversa surrealista, inclusive de parlamentarres. O grupo formado por dirigentes empresariais e políticos comentava sobre “o perigo que representará a eleição do delegado da Polícia Federal, Protógenes Queiros”, a deputado federal por São Paulo. “Ele sabe muito e poderá atrapalhar muitos esquemas”.
Estranho este Brasil onde todos reclamam contra a corrupção, mas com ela são condescendentes desde que de certa forma os beneficie ou a grupos de amigos, beneficiando interesses individuais ou coletivos. O delegado Protógenes Queiroz é um perigo” porque desvendou o grande esquema de corrupção , montado no Brasil. O interessante é que ninguém do grupo viu a corrupção como um perigo.
Que bom seria se além do delegado Protógenes Queiroz, também o juiz federal Fausto de Sanctis, da 6ª Vara Criminal de São Paulo também deixasse a toga de lado- embora a sua presença no Judiciário seja de extrema importância – e se candidatasse a um cargo eletivo. E que seus exemplos se frutificassem por todo o Brasil.
Mas aí reconheço que já estou começando a viajar na maionese, querer neste Brasil surreal um contingente de políticos íntegros, competentes, honestos e transparentes, preocupados com o futuro do Brasil, desejosos de legar aos pósteros não apenas um País, mas indo mas além disto deixar de herança uma Nação. Correto sei que estou em pensar como eles.
Mas também vou acabar superando – óbvio que não em talento – o surrealismo de Magritte, Dali, Breton e Buñuel. Vão acabar me internando em alguma casa de saúde mental . Onde já se viu? Pensar num Brasil sem corrupção!
E que ninguém duvide se as minhas despesas acabarem sendo financiadas, mesmo contra a minha vontade, por um “caritativo banqueiro-condenado” chamado Daniel Dantas. Afinal tudo é possível no surrealismo deste Brasil, onde a eventual eleição de um homem íntegro como o delegado Protógenes Queiroz causa espécie a políticos e empresários corajosos que em momento algum temem a corrupção.

domingo, 11 de abril de 2010

Comissão de Ética vê conflito de interesse de novo ministro das Comunicações

O novo ministro das Comunicações, José Artur Filardi Leite, tem conflito de interesse para exercer o cargo, no entendimento de membros da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, informa reportagem de Elvira Lobato e Andreza Matais, publicada na última quinta-feira pela Folha.
Segundo a reportagem, a mulher dele, Patrícia Neves Moreira Leite, é proprietária da rádio Sucesso FM, de Barbacena (MG), quando cabe ao ministério o controle da radiodifusão.
A rádio pertenceu ao senador e ex-ministro das Comunicações Hélio Costa até março de 2006, quando ele vendeu suas quotas, por orientação da comissão, pelo mesmo conflito.
A Folha informa que, o novo ministro será cobrado a agir da mesma forma, e a tirar a mulher do quadro societário da emissora. Os dois são casados em comunhão parcial de bens, ou seja, a rádio é dele também.
O chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, tratou do assunto com Filardi na semana passada. "Ele me perguntou se não tinha problema. Eu disse: 'Problema legal não, agora se entender que há conflito ético eu vou estudar'. Espero que não tenha que vender. É muito pouco tempo para mudar uma vida toda", disse Filardi Leite.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Em que Helio Costa é melhor que Anastasia?

O ex-teleministro Helio Costa ficou mordido  com a brincadeira de Dilma Roussef sobre o voto “Dilmásia”, uma eventual composição feita pelos eleitores no voto Dilma para presidencia e Antonio Anastasia (PSDB) para governador. Chegou a “ameaçar” com o voto “Serrélio”.
E alguém tem dúvida que haverá o “Serrélio”, tanto quanto haverá o “Dilmásia”?
Hélio Costa não empresta apoio a Dilma. É o contrário. Costa, como Jobim, é um serrista no Governo e só não está na campanha do ex-governador de São Paulo porque precisa do prestígio de Lula.
Mas sabota o que pode ser um dos grandes avanços do Governo Lula, que é o plano nacional de banda larga.
Quem sabe ele procura o voto Telélio, ou o Heliofônica?
O jogo de chantagem de Costa é primário e ninguém acredita nele. É ele que está pendurado e Dilma, e não o contrário.
Fonte: Blog do Brizola Neto

"Roberto Jefferson queria colocar Lula como réu e se deu mal com Joaquim Barbosa"

Levou outra porrada


Amigos do Presidente  - por Zé Augusto
O Plenário do Supremo Tribunal Federal rejeitou por unanimidade os treze pedidos feitos pelos advogados de defesa do ex-deputado federal Roberto Jefferson – réu na Ação Penal (AP) 470 – e decidiu enviar ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil a cópia do acórdão e das notas taquigráficas do julgamento, por considerar que a defesa abusou do seu poder de litigar.

Segundo o relator, ministro Joaquim Barbosa, a defesa do réu “vem agindo com o firme intuito de tumultuar o andamento desta ação penal” porque propôs novamente, entre outras questões, a inclusão do presidente da República como réu da AP – o que já havia sido rejeitado pelo Plenário em 19 de junho de 2008.

“Não se pode permitir que chicanas, proliferação de pedidos inconsistentes e infundados para a anulação do processo, tentativas de causar nulidade na ação penal e outros comportamentos atentatórios ao dever de lealdade processual se tornem rotina, e alcancem o objetivo maior, que é o de impedir o regular trâmite processual”, disse Joaquim Barbosa.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Blog Galera da Dilma reforça pré-campanha petista

08/04/2010

Com formato e conteúdo destinados a despertar o interesse do público jovem, entra hoje no universo virtual o blog Galera da Dilma (http://www.galeradadilma.com.br/ ). O novo veículo da pré-campanha petista chega à web um dia depois que Dilma, em encontro com a juventude do PT, em Belo Horizonte, conclamou aproximadamente dois mil jovens a dar continuidade ao projeto do presidente Lula.

“Temos que assegurar que as conquistas que já obtivemos não retrocedam. Temos que avançar e disputar milímetro a milímetro, hora a hora, minuto a minuto, todo esse projeto. Este é um ano de debate em que vamos confrontar um projeto do presidente Lula, o da modernidade, com outro projeto, que governou o país antes de nós e, por oito anos, sucateou a educação, fechou ou sucateou o patrimônio público. Esse é o projeto que vai ser confrontado conosco”.

A conclamação aos jovens encerrou um dia dedicado pela pré-candidata a tratar, predominantemente, de temas associados à juventude e à Educação.

Dilma iniciou a agenda desta quarta-feira com uma visita ao Colégio Estadual Central – a primeira desde 1968. Ela estudava lá quando os militares derrubaram o presidente João Goulart e assumiram o comando do país, em 1964. Dilma passeou pelo pátio da escola, conversou com estudantes e professores e lembrou:

“Em 1964, este colégio era uma turbulência, porque tinham acabado de fechar o país, não tinha espaço de manifestação nenhuma. E eu lembro de vários estudantes que estavam mobilizados aqui. Eu vinha de um colégio de freiras, o Colégio Sion, mas tinha já aqui uma grande mobilização. Dois estudantes daqui foram logo presos – um deles era uma moça – e eu lembro que depois a mobilização nunca mais parou. Nós éramos bastante rebeldes”.

Ao caminhar pela escola, a ex-aluna do curso Clássico do Estadual foi abordada por professores que lhe pediram apoio para convencer o governo tucano de Minas Gerais a pagar à categoria o piso salarial nacional.

Mais tarde, em entrevista à Rádio Itatiaia, a pré-candidata petista rememorou as preocupações dos estudantes, nos primeiros anos da década de 1960, e se declarou orgulhosa por ter resistido à ditadura.

“Eu tenho muito orgulho de participar daquela luta e acho que as gerações agora têm muita sorte de viver numa democracia. Eu tenho muito orgulho do fato de termos reagido. Nós resistimos a toda repressão. E nós nos mobilizamos para que houvesse as condições hoje desses jovens vivenciarem a democracia. Nós todos estávamos preocupados com a construção de um país em que houvesse justiça social, em que as pessoas pudessem usufruir da riqueza nacional, e acho que esse processo eu comecei aqui em Minas”.

Ainda na entrevista à Itatiaia, Dilma destacou as realizações do Governo Lula na área de Educação e, de modo especial, no ensino profissionalizante.

“Aumentamos de forma muito expressiva, mais de quatro vezes, o dinheiro do Ministério da Educação. Voltamos a investir em ensino profissionalizante, encerrando uma época em que parecia proibido à União investir em escola técnica. Se, de 1909 ate 2003 foram feitas 140 escolas técnicas, nós estamos deixando 214 escolas técnicas até o fim deste ano”

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Pior chuva em 44 anos causa calamidade e 95 mortes no Rio

O Rio de Janeiro registrou volume de chuva recorde para um único dia - o maior em pelo menos 44 anos -, causando estragos, deslizamentos e 95 mortes em vários locais da região metropolitana desde a noite de segunda até a tarde desta terça-feira (6). Só na cidade do Rio, o número de mortes chega a 35, praticamente todas causadas por deslizamentos de terra. A tragédia só não foi maior por que as autoridades municipais, estadual e federal agiram rapidamente.
Institutos consultados pelo G1 apontam que o volume é o maior das últimas décadas. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os dados indicam que a quantidade foi a mais elevada desde 1962, há 48 anos, quando foi registrado o maior volume em único dia pela série histórica - a medição é feita desde 1917. Já segundo a prefeitura do Rio, o volume registrado bateu o das chuvas de 1966, há 44 anos, quando tempestades também causaram estragos no município.
O Instituto de Geotécnica do Município do Rio de Janeiro (Georio), que analisa os dados pluviométricos de 32 locais da cidade, destaca que, somente nos seis primeiros dias deste mês, já choveu na maioria das estações mais do que em todos os meses de abril desde o início da série histórica.

Aquecimento global?

De acordo com meteorologistas, as chuvas fortes que atingem o rio são "anormais" para a época causadas por dois fatores: o calor acumulado na atmosfera, uma vez que as temperaturas registradas na cidade foram muito elevadas no verão e uma frente fria que passou pela região.
Para Lúcio de Souza, do Inmet, a frente fria é a principal razão. Gustavo Escobar, do Inpe, chama a situação de "anômala". "A frente fria que chegou, combinada com atmosfera carregada de umidade e o calor dos últimos tempos, foi um gatilho para o temportal. A combinação provocou esse evento anômalo."
Para o meteorologista Igor Oliveira, do Alerta Rio, ligado ao Georio, não é possível associar o fenômeno, que classificou de "atípico", com o aquecimento global, mas também não se pode descartar sua influência.
Para ele, abril deste ano vai ficar marcado. "As chuvas já estão acima do normal comparando com outros meses de abril, então mesmo que daqui para frente chova pouco, isso vai contribuir muito. A situação é anormal, embora haja uma explicação, que é a combinação da frente fria com a atmosfera quente e úmida. Muita gente gosta de dizer que é o aquecimento global, e essa é uma hipótese muito provável, mas não dá para saber, precisamos de estudos mais amplos."
Oliveira destacou que a maré alta na noite de segunda ajudou a favorecer os alagamentos na cidade do Rio.

Contraste com São Paulo

Apesar do número de mortes no Rio (95) ser superior ao número registrado durante as enchentes ocorridas em São Paulo --entre dezembro de 2009 a março de 2010, 78 pessoas morreram por causa dos temporais em municípios paulistas-- chama atenção o contraste entre a ação rápida das autoridades do Rio em comparação com a morosidade dos órgãos públicos de São Paulo.
Enquanto a Prefeitura do Rio e o governo do Estado colocaram todos os seus efetivos em alerta e acionaram os canais de comunicação para orientar a população, em São Paulo levou dias para que o prefeito Gilberto Kassab (DEM) mostrasse alguma ação concreta para ajudar os atingidos pelas chuvas. Alguns bairros passaram semanas debaixo da água. O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), praticamente não se pronunciou sobre o assunto durante o período mais grave dos temporais. Quem visitava as páginas eletrônicas da prefeitura de São Paulo e do governo do Estado no período em que ocorreram as enchentes tinha a impressão de que o problema era em outro estado, pois quase não havia informação nos sites sobre a tragédia causada pelas chuvas.
Já os sites da Prefeitura do Rio e do governo fluminense estavam nesta terça-feira (6) quase que inteiramente dedicados a fornecer informações e serviços aos atingidos pelas chuvas.

Providências e ajuda federal

O governador Sérgio Cabral (PMDB) decretou luto oficial de três dias pelas vítimas das fortes chuvas que atingem o Estado. Ele pediu a quem mora em áreas de risco ou vizinhas a locais que já deslizaram que procure a casa de um parente ou espaços públicos, como ginásios e igrejas, para se abrigar. "O mais importante agora é evitar o mal maior, que é a perda de vidas", disse Cabral.
Nesta quarta-feira, às 10h, o governador terá uma reunião de trabalho no gabinete do prefeito de Niterói, Jorge Roberto Silveira, para avaliar os estragos das chuvas e os investimentos necessários não só neste município, mas também nas cidades de São Gonçalo, Itaboraí e Tanguá, cujos prefeitos estarão presentes.
Cabral ressaltou que governo federal já se pôs à disposição para ajudar o Rio. “O ministro da Justiça, Luiz Barreto, já nos ofereceu aeronaves para apoiar nos resgates, e o ministro das Cidades, Márcio Fortes, também está atento para nos ajudar com o que for preciso”, informou.
O ministro da Integração Nacional, João Santana, virá de Brasília para acompanhar o governador no encontro junto com o secretário de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, e o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Pedro Machado. Às 11h30, o governador e seu vice, Luiz Fernando Pezão, Côrtes, Machado e o ministro João Santana vão se reunir com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, no Centro de Comando e Controle da CET-Rio, com o mesmo objetivo.
Nas entrevistas que concedeu nesta terça-feira, Cabral disse que a tragédia foi agravada por ocupações irregulares e voltou a defender a construção de muros em torno de comunidades para frear a ocupação irregular do solo.
“No Rio de Janeiro entra ano, sai ano e essa missão da ocupação do solo urbano não é tratada com a devida seriedade. Quando dissemos que construiríamos um muro na Rocinha, íamos garantir a vida das pessoas. Não é possível a construção irregular continuar. Quase todas as pessoas que morreram estavam em áreas de risco”, avaliou.

Trabalhos de recuperação

Em coletiva à imprensa, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) reiteirou o apelo aos cariocas para que permaneçam em casa e pediu às famílias que residem em encostas e áreas que correm risco de desabamento para que busquem locais seguros. "Todas as vítimas fatais que tivemos até agora foram de deslizamentos. Não coloquem em risco suas vidas nem a de seus familiares. Todas as encostas da cidade estão muito encharcadas e as chances de deslizamento são enormes. Não vamos poupar esforços para resolver esta situação e mais uma vez nosso apelo é para que as pessoas não se arrisquem, não enfrentem as ruas alagadas. Neste momento, o objetivo da prefeitura é cuidar de vidas", afirmou Paes.
O Rio de Janeiro, como garantiu o prefeito, tem todas as condições de realizar os trabalhos de recuperação da cidade. "O governador Sérgio Cabral e eu estamos em contato permanente desde a noite de ontem e estado e município estão realizando um trabalho 100% integrado, sobretudo no socorro às vítimas", disse Cabral.
O prefeito destacou os investimentos que têm sido feitos na cidade para melhorar seu estado de conservação e prepará-la para responder com mais eficiência aos eventos de chuva. "Existem várias intervenções já em andamento, como o plano de macrodrenagem do Rio Acari e da Bacia de Jacarepaguá, e ainda um conjunto de obras que estão sendo licitadas neste momento. Além disso, a Geo-Rio tem recursos e autonomia para agir diante de todo e qualquer risco de deslizamento de encosta, independente da situaçao meteorológica. O governo federal também já se dispôs a liberar verbas caso o Rio precise. O nosso foco agora é muito menos encontrar culpados. O que queremos nesse primeiro momento é amenizar o sofrimento e os transtornos causados pelas chuvas e não perder mais vidas", garantiu o prefeito.
Todos os órgãos da prefeitura ligados ao combate aos efeitos da chuva estão com efetivo reforçado. A Comlurb trabalha com 4 mil homens na limpeza e liberação das vias, para recuperar a acessibilidade. A Coordenadoria Geral de Conservação está com 1.200 funcionários nas ruas fazendo limpeza de galerias pluviais. A Defesa Civil Municipal tem 60 homens no comando das ações de socorro e remoção de pessoas em áreas de risco, que conta com o apoio dos bombeiros e da Polícia Militar. A secretaria de Obras, que coordena as operações da Geo-Rio e Rio-Águas, conta com 300 homens. A Guarda Municipal atua com efetivo de 2.200 e a Cet-Rio tem 100 operadores de controle de tráfego.
A secretaria especial de Ordem Pública e a GM trabalham com 43 reboques para retirar veículos enguiçados e abandonados das ruas. A secretaria de Conservação está com 110 caminhões e 34 retroescavadeiras para realizar os trabalhos de drenagem nos locais mais afetados pelas enchentes na cidade.

Lula presta solidariedade

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na manhã desta terça-feira que a Marinha e a Aeronáutica estão à disposição para ajudar o governo do Estado e a prefeitura do Rio de Janeiro nas ações emergenciais de atendimento às vítimas das chuvas. No entanto, o presidente afirmou ter sido informado pelo governador Sérgio Cabral que não há necessidade imediata de ajuda material. Lula ainda disse que pede a Deus que pare a chuva no Estado.
"A ajuda material que o governador e o prefeito precisarem, tudo isso está pronto e à disposição, mas me parece que não é o caso. O que precisa é conscientização para evitar que as pessoas ocupem áreas de risco", afirmou o presidente ao deixar o hotel Copacabana Palace.
Lula disse que pretende incluir na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) recursos para garantir um melhor sistema de drenagem na capital fluminense, "para ver se conseguimos, em 10 ou 15 anos, ter uma cidade menos sofrida do que temos hoje".
Porém, Lula ressaltou que a quantidade de chuva tornou mais difícil o enfrentamento da situação. "Não existe ser humano no planeta Terra que consiga enfrentar uma mudança de clima como esta. Quando o homem lá em cima está nervoso e faz chover, só temos que pedir a Ele para parar a chuva no Rio de Janeiro e a gente poder tocar a vida na cidade."
O presidente disse que, depois dos temporais, aguardará um levantamento do prefeito Eduardo Paes (PMDB) e do governador Sérgio Cabral sobre as necessidades de recuperação das cidades mais atingidas. "Estaremos totalmente solidários em partilhar as soluções para este problema", afirmou Lula, reiterando o pedido para que moradores de áreas de risco deixem suas casas. "Por favor, saia. Espere a chuva passar. Vá para a casa de um parente, procure a prefeitura. Só tem chance de brigar para melhorar sua vida se estiver vivo. Não fique arriscando, neste momento, porque não ajuda nada", apelou o presidente.

Copa e Olimpíada

O presidente afirmou ter certeza de que não haverá grandes problemas no Rio de Janeiro durante a Copa do Mundo de 2014 e também na Olimpíada de 2016. "Quando acontece uma desgraça, acontece. Não chove todo dia, nem toda hora. Nem todo dia tem terremoto no Chile, nem no Haiti. Normalmente, os meses de junho e julho são mais tranquilos. O Rio de Janeiro está preparado para fazer a Olimpíada e a Copa com muita tranquilidade, as melhores que esse mundo já viu. Não é por causa de uma catástrofe que a gente vai achar que vai acontecer todo ano, toda hora."
O Comitê Olímpico Internacional (COI) reafirmou hoje "absoluto apoio" ao Rio e elogiou a rapidez com que as autoridades municipais e estaduais enfrentaram os transtornos causados pelas última chuvas.
A informação é do presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman. Ele está em Lausanne, na Suíça, participando de reuniões com o COI.
De acordo com a nota do Rio 2016, o comitê internacional entende que o excesso de chuvas no Rio é um "fato meteorológico de natureza extraordinária" que poderia afetar qualquer cidade.

Câmara adia para maio votação do projeto "ficha limpa"

Deputados afirmam que ainda precisam discutir melhor a matéria antes de colocá-la em votação

A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (7) adiar para maio a votação do projeto que estabelece a ficha limpa para os candidatos às eleições - o que na prática pode impedir que a nova regra possa valer nas eleições de outubro. Como apenas a oposição apoia a votação imediata do texto, o projeto voltará para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que terá até o dia 29 de abril para discutir a matéria.
O projeto, de iniciativa popular, foi apresentado à Casa em setembro do ano passado. Os deputados, porém, afirmam que ainda precisam discutir melhor a matéria antes de colocá-la em votação. O projeto encontra grande resistência na Casa especialmente por estabelecer a inelegibilidade para políticos condenados em primeira instância - desde que a decisão tenha sido tomada por um colegiado de juízes.
"A segunda instância com efeito suspensivo reduz a disputa política. Infelizmente, os tribunais regionais eleitorais são marcados por uma história de prevalência do ambiente político", disse o líder do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PE).
Os deputados governistas, em sua maioria, trabalham para que somente condenados em segunda instância fiquem inelegíveis, com o direito de recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para garantir o efeito suspensivo da condenação.
A oposição apresentou pedido de urgência para a votação da matéria nesta quarta-feira (7), como previsto inicialmente, mas conseguiu o apoio de apenas 161 deputados - número inferior aos 257 necessários para que a matéria não retornasse à análise da CCJ. Como haverá emendas apresentadas ao texto, o projeto terá que retornar à CCJ.
O presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), disse que PT e PMDB se comprometeram em aderir à urgência se até o dia 29 o projeto não for analisado na CCJ.
"Se até o dia 29 a comissão não tiver concluído a análise da matéria, os líderes assinarão de imediato a urgência. Eu estou fazendo o possível para ser votado, mas para ir ao plenário tem que haver um ajustamento para que a Câmara saia bem desse processo", disse o peemedebista. As informações são da Folha Online.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Patrus pode ser indicado para o Supremo

Negociações no PT para o governo mineiro ganham novo contorno. Em vez de candidato, Patrus seria indicado ministro do STF
Desde hoje (31) cedo fontes do Palácio do Planalto já dão como certa a indicação do ministro Patrus Ananias para o Supremo Tribunal Federal.
“Com esta solução Lula resolveria dois problemas”. “Primeiro a indicação praticamente não traria qualquer desgaste, pois Patrus Ananias seria um candidato “leve” e praticamente sem rejeição e arestas. Principalmente porque a indicação depende da aprovação do Senado Federal”. “Segundo porque o nome de Patrus Ananias é conhecido e respeitado no meio jurídico”, afirma.
Caso confirme-se este fato, Hélio Costa passaria a ser candidato único da base aliada do governo Lula em Minas Gerais. Pimentel seria convidado para ocupar ainda no governo Lula um Ministério, com o compromisso de permanecer no governo de Dilma, caso ela seja eleita o que seria uma questão óbvia devido ao excelente relacionamento entre Pimentel e Dilma.
Tudo indica que Lula estaria apenas esperando Aécio deixar o governo de Minas para dar início a estas negociações.
O atual vice-presidente, José Alencar, seria candidato ao Senado e o PT indicaria o vice de Hélio Costa.
Segundo esta mesma fonte, Lula imagina que uma chapa Hélio Costa governador com José Alencar candidato a senador seria suficientemente forte para enfrentar o PSDB. Além de dar sustentação à candidatura de Dilma à Presidência da República.

Agora é esperar para ver.

Fonte: Novo Jornal

"Estou convencido de que Dilma será a próxima presidente"

Presidente afirmou que o seu sucessor terá direito ao segundo mandato, pois ele já cumpriu "o que deveria"

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na noite deste domingo que está convencido de que Dilma Rousseff será a próxima presidente do Brasil. Em entrevista ao programa "Canal Livre", da Band, Lula disse que Dilma foi presa e torturada durante a ditadura, mas que não tem "ressentimento" nem mágoa.
Ao falar sobre a pré-candidata, o presidente citou o filme "Invictus", que trata sobre a vida de Nelson Mandela -- que passou 21 anos presos e elegeu-se presidente da África do Sul em 1994--- e José Mujica, ex-preso político que foi eleito presidente do Uruguai. Lula comparou Mandela e Mojica à Dilma.
Antes de falar sobre Dilma, o presidente afirmou que só fará campanha nos horários fora do seu expediente de trabalho. "Dilma não é minha candidata. É candidata do PT. Enquanto eu estiver trabalhando, das 8h às 22h, não terei candidato. Depois do expediente, vou para o palanque".
Sobre a diferença de nove pontos percentuais entre Dilma e José Serra, pré-candidato do PSDB, revelado na última pesquisa do Datafolha, Lula afirmou que a campanha ainda está no começo. "Você acha que um cara que perdeu três eleições vai se assustar [com a pesquisa]?", perguntou aos jornalistas.
Ao ser questionado sobre um possível retorno à Presidência da República em 2014, Lula afirmou que aquele que o suceder terá direito ao segundo mandato e que ele já cumpriu "o que deveria".
Após deixar a presidência, Lula disse que continuará como militante político, porém negou a possibilidade de ocupar o cargo de secretário geral da ONU. "O secretário geral da ONU precisa ser um burocrata, não pode ser alguém de opiniões muito fortes", disse. As informações são da Folha Online.