terça-feira, 30 de março de 2010

Record denuncia: Globo invade terreno e governo de SP se omite

Neste domingo (28/3), por 12 minutos, o programa Domingo Espetacular, da Record, veiculou reportagem sobre os bastidores do que chamou ser doação do terreno anexo à sede da TV Globo ao Governo de São Paulo. Segundo a reportagem, o terreno teria sido invadido pela emissora da família Marinho.
A reportagem alega que o terreno teria sido anexado indevidamente pela emissora carioca e, agora pretende construir uma Escola Técnica (Etec) no local em parceria com o governo paulista. A matéria foi ao ar no último domingo (28/3).
O espaço, localizado no Brooklin, é avaliado em R$11 milhões. Em reportagem exibida meses atrás, a Record questionou as grades em volta de um terreno público e comenta a construção da Etec como uma tentativa de "mascarar o ato ilegal e a omissão do Estado".
“Sobre os anos de ocupação do terreno, nenhuma palavra. Nenhuma explicação. Nenhum pedido de desculpas, ou seja por trás do que parece ser uma boa notícia está a tentativa da Globo de esconder a ilegalidade”, disse repórter da Record durante a matéria.
Um convênio assinado em 19 de março prevê que a Rede Globo construa o prédio da escola e doe ao governo estadual, que por sua vez se encarrega da seleção de alunos e professores. Ao todo serão 240 vagas para cursos de Multimídia, com duração de três semestres, e Produção de Áudio e Vídeo, com duração de quatro semestres.
Na data da assinatura do convênio, o governador José Serra comemorou a empreitada: “É uma Etec pioneira. São cursos inovadores de dois anos, que terão uma demanda muito grande. Cada aluno deve custar R$ 3,5 mil por ano, uma produtividade altíssima. Ter boa mão de obra qualificada, força de trabalho preparada, é bom pra quem trabalha e para quem emprega”.


Confira a reportagem do Domingo Espetacular:
Procurada pela reportagem do Adnews, a rede Globo emitiu uma nota sobre o assunto.

Confira o pronunciamento da emissora:

A TV Globo se orgulha de financiar a construção de uma escola técnica Estadual no terreno vizinho às suas instalações na Berrini

"A Escola Roberto Marinho, resultado de parceria entre o Centro Paula Souza – autarquia do Governo do Estado de São Paulo que cuidará da gestão - , a TV Globo e a Fundação Roberto Marinho, deve iniciar as atividades em 2011, com cursos técnicos de Multimídia e Produção de Áudio e Vídeo para até 240 estudantes. O projeto foi desenvolvido pensando na sustentabilidade e no meio ambiente: caberá à TV Globo também implementar um projeto de paisagismo no terrenos da Escola.

Em 1999, o DER (Departamento de Estradas de Rodagens), então proprietário do terreno no Brooklin, celebrou com a TV Globo um Termo de Autorização de Uso do imóvel para fins de sua guarda, limpeza e conservação. Quatro anos mais tarde, o DER doou o terreno ao Estado de São Paulo que, como proprietário do terreno, em 2009, destinou-se à instalação de uma Escola Técnica Estadual.

A construção dessa nova escola, com ensino profissionalizante, é um marco para o crescimento do Estado e mais uma oportunidade para o futuro da juventude de São Paulo. A TV Globo, mantendo o seu compromisso com a educação e com São Paulo, faz questão de celebrar esta parceria."

sexta-feira, 26 de março de 2010

Economista lança livro que compara governo Lula com FHC

A idéia da publicação teria partido de Lula que queria realizar um plebicito nas eleições 2010

O economista, e professor da Universidade Federal de Minas Gerais, José Prata Araújo lança em Teresina o livro “O Brasil de Lula e de FHC”. O livro traça um panorama comparativo entre os 8 anos de governo do Partido dos Trabalhadores com o governo anterior, encabeçado por Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O lançamento ocorreu ontem 25, no Espaço Cultural Clube dos Diários.
Segundo o autor, a idéia para a criação do livro partiu do próprio presidente Lula. “Como os governos FHC e do Lula tinham durado exatamente 8 anos cada. Então seria uma oportunidade ideal para realizar um estudo comparativo com riqueza de detalhes. Na realidade, com a publicação, propomos um plebiscito público dando material para os eleitores tomarem suas conclusões sobre as duas administrações”, explica José Prata Araújo.
O livro possui 175 páginas. Para escrever o título foram tomadas por base relatórios de 1.500 páginas contendo informações das duas gestões. “Pra fechar o livro coloquei um anexo de 15 folhas onde realizo, objetivamente, a comparação dos dados coletados”, afirma o professor.
Além de documentos oficiais foram tomados por base depoimentos de partidários de cada gestor. “Apesar de ser um livro encomendado por Lula, não seria interessante redigir um documento como este sem ouvir a oposição. Por isso, o PSDB também possui um espaço de prestígio na publicação”, garante o autor.
José Prata diz que suas conclusões pessoais lhe surpreenderam e fizeram mudar sua visão sobre o governo de Lula. “Durante os 8 anos de administração do PT o Brasil teve 10 milhões de empregos gerados, sem falar na estabilidade econômica por que passa o país. Sendo assim posso dizer que o governo Lula é melhor do que parece ser”, defende.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Aécio vai fazer política no Rio

Noticiado pelo Novojornal há dois anos, Aécio monta estrutura para alavancar sua candidatura ao governo do Rio de Janeiro
Dois anos atrás, Novojornal noticiava que o sonho político de Aécio Neves era ser governador do Rio de Janeiro. O que não seria novidade, visto que o ex-governador do Rio Grande do Sul Leonel Brizola, de volta do exílio na década de 80, governou o Estado do Rio.

Na época, a Cemig acabara de comprar o controle acionário da Light, concessionária de energia de parte do estado fluminense. Sabidamente, uma problemática concessionária de energia, pois na cidade do Rio de Janeiro quase 80% da população dos aglomerados e favelas utilizam o famoso “gato”, não pagando energia.

Prática de difícil combate devido à violência, qualquer corte de energia a ser executado nas favelas deve ser acompanhado pela polícia no conhecido carro blindado, “Caverão”. Como a TV a cabo e o gás, a distribuição de energia é feita por quadrilhas amparadas por milícias.

O Novojornal foi contestado. Dois anos depois, a menos de uma semana para deixar o governo de Minas, foi comprovado o que este portal jornalístico anunciara. O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), participará hoje (24), no Rio de Janeiro, de uma reunião para tratar do que considera ser a "prioridade absoluta" da Cemig, a estatal mineira de energia elétrica: "Criar um plano de investimentos para a Light", disse ele.

Neste ano, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) ampliou sua participação na empresa fluminense de energia por conta da reestruturação societária da Light e, assim, passou a ditar as regras sobre a operação da empresa.

Aécio quer traçar metas e, na reunião de hoje, vai apresentar à nova direção da Light, cujo presidente, Jerson Kelman, foi indicado por ele, o comando da controladora Cemig: Djalma Moraes, presidente, e Sérgio Barroso, presidente do Conselho de Administração e secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais.

Principal empresa do governo de Minas, a Cemig, cujo capital quase quintuplicou durante a gestão Aécio (desde 2003) a partir de uma série de aquisições no setor elétrico e eólico, ficou com o controle operacional da Light por um acordo de acionistas.

Com sua saída do governo marcada para a próxima quarta-feira (31), a fim de disputar possivelmente a eleição para o Senado, Aécio vai até a Light no instante em que a empresa é muito criticada pelos consumidores fluminenses da região central do Estado, onde ela atua.

A reclamação é sobre supostos serviços precários prestados pela Light, resultando em apagões e em prejuízos a comerciantes. Aécio considera que isso é fruto da falta de investimentos na empresa ao longo dos últimos anos.

"A Cemig tem hoje uma prioridade: criar um plano de investimento para a Light. É a nossa prioridade absoluta. Eventualmente vamos avançar nas negociações com a Ampla, em razão da sinergia que existe entre ambas as empresas (Ampla e Light)", afirmou o tucano.

Aécio se refere ao fato de a Cemig ter interesse em propor um negócio para a Ampla Energia, empresa do grupo Endesa.

A Ampla controla 73% da energia do Estado do Rio, e à Cemig interessa tanto a aquisição quanto participação na empresa do grupo espanhol.

No início deste mês, a controladora da Ampla informou que "a Endesa Espanha não tem interesse em vender qualquer ativo no Brasil (inclusive a Ampla), e sim crescer sua atuação no país".
Fonte: Novo Jornal

quarta-feira, 24 de março de 2010

Big Brother Brasil: 900 dias de frivolidade no zoológico da Globo

Nos últimos dez anos, o canal de maior audiência da TV aberta no Brasil exibiu durante 900 noites seguidas a atração Big Brother Brasil. Em outras palavras, a TV Globo passou mais de dois anos transmitindo, de forma ininterrupta, o programa que segue o formato criado em 1994 pelos holandeses Joop van den Ende e John de Mol, nomes que deságuam na ora famosa marca Endemol.

Por Washington Araújo*, no Observatório da Impensa
No conjunto, são dois anos e meio falando de prêmio de dinheiro graúdo. R$ 500 mil, R$ 1 milhão, R$ 1,5 milhão. E também de anjo, monstro, liderança, paredão, eliminação. E tome Pedro Bial pontificando, filosofando, misturando superego, mito do herói, arquétipo e inconsciente coletivo, Brecht e Paulo Coelho, Maiakovski e Paulo Leminski, Renato Russo e Bob Dylan, arrematando tudo com a manjada moral da história extraída possivelmente dos contos da lavra dos irmãos Grimm.

O BBB é mais atração que programa. Programa tem algum tipo de encadeamento, de estrutura enquanto atração: tem pouco de previsibilidade, a "coisa em si" é o que capta os sentidos da audiência. Há a ilusão da imprevisibilidade. Apenas ilusão, porque o que vale mesmo é a realidade fabricada ali na mesa de edição; é ali que se constroem os mocinhos e os bandidos, os "cabeças" e os iletrados, o éticos e os aéticos.

Contrariando a máxima de que homem algum é uma ilha, o BBB termina sendo a própria ilha a ter como mar suas paredes e o tempo todo é desperdiçado com conversa, namoro, intriga, ginástica, bebedeira. No entretempo, os super-heróis do Bial se digladiam para eliminar os outros e vencer. E é o vale-tudo: fazem alianças, traem, simulam, dissimulam, enfim, tentam se aproximar do Santo Graal, aquele objeto de desejo agora representado pelo cheque de R$ 1,5 milhão.

Quem está ali se depara com o dilema da modernidade: se tornará celebridade instantânea ou retornará ao anonimato. Ser celebridade, mesmo que por poucos dias, parece conceder um sentido à vida desses participantes; e renunciar aos holofotes deve, em sua estima, equivaler simbolicamente à própria morte.

Em volta da piscina

Concordo com o ótimo poeta brasiliense Gustavo Dourado. E, de sua autoria, compartilho os bem-humorados versos:


           "É um joguete da mídia:/ De lucro comercial.../ Os bobos no telefone:/ Escravidão digital.../
            A mando   do Grande Irmão:/ Que acumula o vil metal.../// Loteria de milhões:/
           Os bundões em evidência.../ Decadente baixaria:/ Em busca de audiência.../
           Programinha indecente:/ Que está na repetência..."

É aquele desfile de corpos sarados — na maioria dos casos — com mentes vazias. Gigantes materiais e pigmeus éticos. Muita futilidade, caras e bocas, mau caratismo explícito, atentados ao pudor e à língua pátria, preconceitos raciais e sociais de todos os matizes. O voyeurismo estimulado pela atração supera e muito o interesse e curiosidade com que visitantes param em um zoo para observar a jaguaritaca, o filhote de anta e o urso polar, a girafa ou o flamingo.

O programa de maior audiência da televisão brasileira é a versão moderna de um zoológico, onde em vez de observar animais observamos do que são capazes semelhantes nossos trancafiados em uma jaula com aparência de casa, com jeito de casa. Ninguém joga pipoca nem banana, mas a atenção é concentrada: em determinada noite da semana se contabilizam formidáveis dezenas de milhões de ligações telefônicas jogadas na jaula em forma de casa com o nobilíssimo intuito de sensibilizar os administradores do zôo para que expulsem da casa — em forma de jaula doméstica — este ou aquele participante.

Em pleno verão carioca, sempre no período de janeiro a março, sabemos na edição noturna os que ficaram papeando na piscina ou desmaiados em volta desta, sempre em trajes sumários, sumaríssimos. E os instintos estarão, quase sempre, à flor da pele. E isso me faz lembrar os jacarés do papo amarelo, aquela espécie de jacaré que habitava rios, lagos e brejos próximos ao mar, desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul e na bacia do Rio Paraná, chegando até o Pantanal. É que ali já estiveram trancafiados gente de quase todos os estados brasileiros. Largados em volta da piscina colocando em dia seus papos amarelos. E põe amarelos nisso.

A verdadeira natureza

Todos parecem desfrutar do mesmo DNA do Pedro Bial: belos, sarados e afinados com essa cultura de frivolidades de que a atração é seu fruto mais maduro e consumido. Quando Bial surge na tela com seus jargões pomposos — meus heróis, meus ídolos, tripulantes de minha nave, habitantes da casa mais vigiada do Brasil, meus mais-mais —, os participantes dão uma última retocada no visual, uma nova cruzada de pernas, e como integrantes de bem ensaiado coral capricham no sorriso e retribuem o desejo de boa noite.

Bial não consegue disfarçar seu encantamento com aqueles espécimes humanos, fala como se Oráculo fosse e tem a plena convicção que jamais — jamais! — será contraditado ou contrariado por quaisquer deles — e não importa quão infamante seja seu gracejo ou quão estúpidas as observações a ser proferidas em tom ora solene ora galhofeiro. E todos sabem que agradar o Bial é o mesmo que aparecer bem nas casas de milhões de telespectadores.

Mas nem tudo está perdido. O Big Brother Brasil está a merecer estudo sociológico. A casa-jaula assemelha-se também a uma gaiola de hamsters (aqueles pequenos roedores brincalhões). São 80-90 dias de cativeiro, privados de intimidade, alvos de simpatia e da antipatia de uns e de outros, do ciúme e da inveja de uns e de outros, com tanto tempo ocioso e pouco afeitos à atividade de pensar, talvez acreditando piamente que pensar enlouquece.

Como hamsters, têm acesso à roda gigante: festas no sábado, gincanas premiando o vencedor com carros 0 km, esforço físico colossal para fixar na mente dos telespectadores a marca do detergente que pode limpar tudo menos os lugares vazios, muito vazios de ideais e de sentido para a vida.

Do ponto de vista financeiro a atração é uma mina de ouro. Muito merchandising, pouco investimento. Assim como é fácil de tratar o hamster e de o mesmo não necessitar de alimentação dispendiosa, a manutenção da casa do BBB é relativamente econômica. Eles mesmos são quem fazem a comida e esta precisa ser conquistada vencendo obstáculos. E agora o formato da Endemol inclui a existência da Casa Grande & Senzala — ou, como chamam seus participantes, a casa de luxo e o puxadinho.

Hamsters levam a vantagem de rapidamente conquistar a nossa simpatia com seu comportamento amistoso ao contrário dos heróis do Bial, que na maioria das vezes apenas revelam sua verdadeira natureza com o passar do tempo em cativeiro.

A maior tragédia

Nesta décima edição houve recorde de votos para eliminação de um participante: 92 milhões. Pausa para alguns rápidos cálculos. Neste paredão recorde, caso 100% dos votos tenha sido transmitido por ligação telefônica, podemos calcular que as ligações renderam R$ 27,6 milhões — considerando o preço da ligação a R$ 0,30.

Agora... sim, sempre tem um agora. Agora, vamos imaginar que a Rede Globo tenha feito um contrato "50% por 50%", ou melhor, "meio a meio" com uma operadora de telefonia. Então, nesse único paredão a emissora carioca teria embolsado nada desprezíveis R$ 13,8 milhões. Toda essa dinheirama em um único paredão.

Acontece que em três meses a quantidade de paredões varia de 14 a 16. Portanto, seguindo certa mentalidade de nossos meios de comunicação, ante tamanho volume de dinheiro, algum desses empresários pensaria duas vezes antes de riscar de sua grade conteúdos que favoreçam e cultura e cidadania do povo brasileiro?

Outra constatação é que pensamentos egoístas e imagens preconceituosas dominam o programa ou, ao menos, a quase totalidade da edição do programa. Os que se sentem acima da média — que, aliás, é muito baixa — avocam para si o atributo de serem elas mesmas, de serem sinceras em suas opiniões, de não estarem jogando pra platéia e que "dinheiro não é tudo na vida". Para estes, os outros apenas vêm confirmar o pensamento de Jean-Paul Sartre de ser, os outros, o próprio inferno.

O Big Brother Brasil é autoexplicativo. Mesmo quem diz que nunca assistiu consegue rapidamente formular opinião sobre o programa. Até porque é de longe fonte primária para o jornalismo de frivolidades — também conhecido como de entretenimento —, crítica de televisão e, na verdade, reedita o velho colunismo social dos jornais impressos. Só que bem mais ao gosto dos dias atravessados que vivemos, com direito a pergunta em rede nacional em horário nobre tão instrutiva e recatada quanto: "Você é ativo, passivo ou ambos?" E a resposta de supetão: "Nessa idade, eu sou tudo".

À sua maneira, os participantes se põem a conversar sobre tudo e todos, sobre tudo e nada. É uma pena que não consigam elaborar em 90 dias perguntas que façam a vida valer a pena. Penso em busca de respostas para questões essenciais: todo mundo é corrupto ou depende das circunstâncias? Você toparia tudo — mas tudo mesmo! — por dinheiro? Todo mundo mente, faz intriga, é fofoqueiro, traíra ou X9? Existe algum ser humano que seja confiável quando há muito dinheiro em jogo? Por que tenho medo de lhe dizer o que eu sou?

É que ainda não entendemos que a pior tragédia na vida de um homem é aquilo que morre dentro dele enquanto ele ainda está vivo. Não preciso escrever mais nada, né?

* Washington Araújo é mestre em Comunicação pela UnB e escritor

Segundo projeção do Diap, PSDB e DEM perderão muitos senadores

Segundo levantamento do diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antonio Augusto de Queiroz, das 54 vagas do Senado em jogo este ano, 14 ou 15 serão de senadores que conseguirão a reeleição. Nas demais cadeiras, a vantagem é de integrantes da base aliada do governo. O PSDB pode cair de 14 senadores para um patamar entre 9 e 10 e o DEM, que conta com bancada idêntica à dos tucanos, para algo entre 8 ou 9.
"A oposição é naturalmente prejudicada em uma disputa como essa, pela perda de interlocução que teve com o poder central há oito anos e que só será sentida agora", comentou Queiroz.

Entre os partidos situacionistas, o PMDB não tende a ter um crescimento expressivo, já que renova 14 de suas atuais 17 cadeiras e tem boa parte de sua bancada formada por suplentes. Abrindo mão da disputa por diversos governos estaduais, por orientação do próprio presidente, o PT criou espaços para avançar no Senado.

É precisamente o que ocorre em Estados do Nordeste, como Pernambuco e Ceará, ou do Paraná, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Nos Estados nordestinos, caso PT e PSB se coliguem na eleição presidencial, os petistas não devem apresentar candidato próprio ao governo estadual. Cria-se a possibilidade de eleição respectivamente do ex-prefeito do Recife João Paulo Lima e Silva, e do atual ministro da Previdência Social, José Pimentel. O primeiro ainda disputa a vaga com o ex-ministro da Saúde Humberto Costa.

No Paraná, a aliança com o atual senador Osmar Dias (PDT) abre espaço para Gleisi Hoffmann (PT), mulher do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, tentar o Senado. No Rio de Janeiro, o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), e a também petista Benedita da Silva, disputam com chances uma cadeira ao Senado na chapa que apoiará a reeleição do governador Sérgio Cabral (PMDB). No Espírito Santo, o PT deve apoiar a candidatura do vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB) e o prefeito de Vitória, o petista João Coser, é o mais provável candidato a substituir o governador Paulo Hartung (PMDB) na disputa por uma cadeira ao Senado.

Pelas contas do Diap, o PT sairia dos seus atuais 11 senadores (dois deles suplentes) para um patamar entre 13 e 15 parlamentares. Já o PMDB, atualmente com 17 integrantes do Senado, não tende a crescer. O levantamento mostra entre 14 e 16 cadeiras para o partido. Queiroz não arrisca prognósticos sobre a segunda vaga ao Senado em diversos Estados, mas a chance do partido reduzir a bancada é mínima. Em pelo menos três Estados sem previsão do levantamento há fortes candidatos pemedebistas: No Mato Grosso do Sul, o deputado federal Waldemir Moka; em Tocantins, o ex-governador Marcelo Miranda e no Sergipe, o deputado federal Jackson Barreto. Em Goiás, o diretor do Diap acredita na possível candidatura ao Senado do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Também é cotada para a vaga, caso Meirelles não entre na disputa, a deputada federal Íris Araújo (PMDB).

Para Queiroz, os atuais comandantes da bancada pemedebista tendem a reeleger-se. Renan Calheiros ampliou suas possibilidades em Alagoas ao conseguir deslocar para a disputa pelo governo estadual o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT). Ainda em Alagoas, a ex-senadora Heloísa Helena tem boas chances de retornar ao Senado, mantendo a única vaga ocupada pelo PSOL, que hoje está com José Nery (PA). Romero Jucá não tem competidores fortes em Roraima. Já Valdir Raupp deverá ser o segundo mais votado em Rondônia. O presidente da Casa, senador José Sarney (AP), conta com mais quatro anos de mandato.

Panorama adverso para a oposição

O panorama é adverso para a oposição. Na avaliação de Queiroz, dos principais senadores oposicionistas que buscam um novo mandato, apenas três - Heráclito Fortes (DEM-PI), Demóstenes Torres (DEM-GO) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) - estão em situação relativamente confortável. Já Arthur Virgilio (PSDB-AM), Sergio Guerra (PSDB-PE), José Agripino Maia (DEM-RN) e Marco Maciel (DEM-PE) enfrentam ao mesmo tempo os governos federal e estadual e contam com adversários fortes. O líder tucano Arthur Virgílio pode perder a vaga para a deputada comunista Vanessa Grazziottin (PCdoB-AM), que disputará uma vaga ao Senado com boas chances de sucesso. Em Pernambuco, PSDB e DEM podem perder suas cadeiras no Senado para partidos de esquerda como PT e PSB. E no Rio Grande do Norte uma das vagas deve ficar com Vilma de Faria (PSB), deixando Garibaldi Alves (PMDB) e Agripino Maia brigando pela segunda vaga.

Pelo levantamento do Diap, o PSDB pode cair de 14 senadores para um patamar entre 9 e 10 e o DEM, que conta com bancada idêntica à dos tucanos, para algo entre 8 ou 9. O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), tende a tornar-se o parlamentar mais votado no campo oposicionista, se concretizar a sua candidatura ao Senado. Mas terá que se esforçar para garantir a maior votação em Minas, caso o vice-presidente José Alencar (PRB) seja candidato.

No levantamento feito por Queiroz, não há apostas sobre a segunda vaga na Bahia, no Maranhão, em Sergipe, Paraíba, Acre e Roraima. De acordo com o diretor, os dois primeiros estados (BA e MA) reúnem duas características que tornam o quadro obscuro: há a presença de suplentes, ACM Júnior (DEM-BA) e Mauro Fecury (PMDB-MA) que, em tese, teriam dificuldade para renovar o mandato, e não há polarização na disputa estadual, o que retarda as composições para o Senado. Na Bahia, PMDB e PT tendem a apresentar candidaturas separadas para o governo. No Maranhão, a divisão é entre a governadora Roseana Sarney (PMDB) e o deputado federal Flavio Dino (PCdoB).

Já no Acre, apesar do levantamento apontar apenas o nome de Jorge Viana (PT) como um dos favoritos, os comunistas também têm boas chances de emplacar seu candidato, Edvaldo Magalhães, presidente da Assembléia Legislativa do Estado, que deve disputar uma das cadeiras ao Senado.

Uma das disputas mais acirradas deve ocorrer em São Paulo. O Diap apontou os nomes de Marta Suplicy (PT) e Orestes Quércia (PMDB) como favoritos para ocupar as vagas hoje ocupadas por Aloizio Mercadante (PT) --que deve concorrer ao governo estadual-- e Romeu Tuma (PTB). Mas além do próprio Tuma poder vir a se candidatar à reeleição --ele ainda não decidiu--, a disputa terá outros nomes muito fortes como Netinho de Paula (PCdoB) e Gabriel Chalita (PSB).

Até outubro, muita coisa pode acontecer e embaralhar bastante o quadro sucessório no Senado, mas o centro da aposta do Diap, de que a oposição de direita, sobretudo DEM e PSDB, devem ser os maiores derrotados parece ter subsídio factual suficiente para se confirmar.

Da redação do Vermelho, com informações do jornal Valor Econômico

quarta-feira, 17 de março de 2010

Dilma ladeira acima e Serra ladeira abaixo

Diferença cai de 11% para 5% em 1 mês.

A pesquisa Ibope de Fevereiro/2010 foi feita para a Associação Comercial de São Paulo e não para a CNI.

Em 3 meses Dilma tirou 16 pontos de diferença. A diferença caiu de 21% na pesquisa de Dezembro de 2009 para 5% nesta última.

Ibope retarda queda de Serra

Esta última pesquisa Ibope foi feita entre os dias 6 e 10 de março. Porque demorou até o dia 17 para publicar?

Hipótese 1: esticar o período em que Serra ainda aparece na frente.

Hipótese 2: Imaginemos que a margem de erro coincidentemente seja 2% ou 3% a mais para Serra e 2% ou 3% a menos para Dilma. Imaginemos que outro instituto fizesse uma pesquisa simultânea e desmentisse os números do Ibope. Logo, uma "quarentena" de uns 7 dias para divulgação evita surpresas de conflitar com números de outro instituto.
Fonte: Os Amigos do Presidente Lula

Quadro “Proteste Já”, do programa CQC, é censurado

A Band foi impedida de exibir o quadro "Proteste Já", do programa CQC, na reestréia da atração, nesta segunda-feira (15/03). A proibição foi pedida pela Prefeitura de Barueri, na Grande São Paulo, que notificou judicialmente a emissora. A ação do órgão público foi acatada pela juíza Nilza Bueno da Silva, da Vara da Fazenda Pública de Barueri.

O quadro iria mostrar como uma TV doada a uma escola do município foi localizada na casa da diretora da instituição. De acordo com a prefeitura, a matéria não poderia ser exibida sem antes ter o direito de resposta.

O apresentador do CQC, Marcelo Tas, diz que a equipe foi pega de surpresa com a decisão. “A Band recebeu a notificação no sábado, e na segunda o jurídico foi avaliar. Ficamos sabendo poucas horas antes da gravação. Estava tudo tão bem programado, o 'Proteste Já' ia ser o pilar principal, então recebemos a notícia como se o mundo fosse desabar”, conta.

Tas informou que a Band já recorreu da decisão e aguarda a análise do caso, que deverá ser julgado ainda esta semana. O apresentador classifica a decisão como censura prévia. “Pra mim está se configurando a prática da censura velada através de decisões judiciais. Antes de publicar, o veículo é proibido. Eu só queria saber em que a juíza se baseou para tomar essa decisão. Para mim isso é censura prévia”, questiona.

Reestreia
Fora a notificação inesperada, Tas comemora a reestreia. ”Foi muito vibrante, e um teste duro para a Mônica. Achamos que foi uma das melhores idas pra Brasília que tivemos”, explica ao falar da nova integrante da equipe, Mônica Iozzi, que fará a cobertura da eleição presidencial.

O apresentador ressaltou duas novidades que lhe agradaram no programa, o quadro “Cidadão em Ação” e o “As piores notícias do mundo”. O primeiro, feito exclusivamente para o CQC brasileiro, abordou o problema de bebida e direção, e foi, em sua opinião, o que teve a melhor resposta do público.

terça-feira, 16 de março de 2010

Ministra critica decisão do STJ sobre Lei Maria da Penha

16/03/2010

A ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça, afirmou ontem que existe uma incompreensão, por parte da sociedade e da Justiça, sobre a Lei Maria da Penha, que pune crimes de violência doméstica.

“O Poder Judiciário interpreta a Lei Maria da Penha como protetiva à mulher em detrimento do homem, mas ela protege a família brasileira. Isto se chama política pública, ações afirmativas do Estado com as quais se protege o grupo mais fragilizado”, disse a ministra durante a 4ª Jornada da Lei Maria da Penha, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Eliana Calmon considerou equivocada a recente decisão do Superior Tribunal de Justiça que impede o Ministério Público Federal de propor ação penal, nos casos de lesões corporais leves, sem a presença da vítima.

“Não podemos voltar no tempo. Antes o homem era condenado, pagava cesta básica, voltava pra casa e dava outra surra na mulher”, afirmou.

Segundo a ministra, a justificativa do STJ é de que se deve dar o mesmo tratamento a todas as lesões corporais.

“Lesões corporais domésticas não podem ser comparadas a lesões causadas em brigas de vizinho ou em discussões de trânsito”.

sábado, 13 de março de 2010

Veríssimo espinafra a mídia golpista

Reproduzo abaixo entrevista com Luis Fernando Veríssimo - cronista, romancista, novelista, quadrinista, saxofonista e tantas outras coisas criativas -, concedida ao jornalista Ayrton Centeno, do sítio Brasília Confidencial. Frasista brilhante – “às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data” -, Veríssimo espinafra o antilulismo da mídia brasileira. A entrevista é imperdível:


BC: Hoje, no Brasil, a mídia enxerga um país totalmente diferente daquele que a maioria da população vê. Enquanto a grande imprensa, pessimista, trabalha sobre uma paleta de escândalos, a população, otimista, toca a sua vida de modo mais tranquilo. Que país o Sr. vê?

Luís Fernando Veríssimo – A imprensa cumpre o seu papel fiscalizador, mas não há dúvida que, com algumas exceções, antipatiza com o Lula e com o PT. Acho que os historiadores do futuro terão dificuldade em entender o contraste entre essa quase-unânime reprovação do Lula pela grande imprensa e sua também descomunal aprovação popular. O que vai se desgastar com isto é a idéia da grande imprensa como formadora de opinião.

BC: A grande imprensa enaltece a diversidade de opiniões, mas, curiosamente, os principais jornais do Brasil têm a mesma opinião sobre os mesmos assuntos. Este pensamento único não compromete uma pluralidade de opiniões que a mídia costuma defender quando não está olhando para si própria?

LFV: O irônico é que hoje existem menos alternativas à imprensa “oficial” do que existia nos tempos da censura. Mas as alternativas existem, e o tal pensamento único não é imposto, mas decorre de uma identificação dos grandes grupos jornalísticos do país com alguns princípios, como o da economia de mercado, o governo mínimo, etc.

BC: O senhor defende na sua coluna a reforma agrária e questiona a criminalização dos movimentos sociais. Não se sente muito solitário na mídia tratando desses temas?

LFV: Meus palpites não são muito consequentes. Acho que me toleram como a um parente excêntrico.

BC: Todas as pesquisas indicam a queda da circulação dos grandes diários dentro e fora do Brasil. Com uma longa trajetória no jornalismo, como percebe esta queda persistente, que expressa também o afastamento de uma geração do hábito de ler jornais? E como acompanha o trânsito de boa parte do público para a internet?

LFV: Quem é viciado em jornal e revista como eu só pode lamentar que a era da letrinha impressa esteja chegando ao fim, como anunciam. Mas este é um preconceito como qualquer outro. Mesmo mudando o veículo ainda existirá o texto, e um autor. Vou começar a me preocupar quando o próprio computador começar a escrever.

BC: Atribui-se a um advogado famoso, dono de clientela de altíssimo poder aquisitivo, uma reação irada ao saber que seu cliente endinheirado fora preso: “O que é isso? No Brasil só vão presos os três Ps: preto, puta e pobre!”, reagiu indignado. Estamos no século 21, mas as elites parecem continuar no 19. Acredita que vá ver isto mudar?

LFV: As nossas elites não mudaram muito desde D. João VI. Vamos lhes dar mais um pouco de tempo.

BC: A atual política externa do Brasil, mais independente, colabora de alguma maneira para mudar este comportamento?

LFV: A política externa independente é uma das coisas positivas deste governo. Embora o pragmatismo excessivo possa levar a uma tolerância desnecessária com bandidos, às vezes.

BC: O escritor argentino Jorge Luís Borges dizia que a única notícia realmente nova em toda a sua vida foi a chegada do homem à Lua. O resto já tinha acontecido antes de uma ou outra forma. O que o surpreendeu, além disso? Borges tinha razão?

LFV: O sistema GPS. Finalmente, uma voz vinda do alto para guiar os nossos passos.

BC: Em que trabalha no momento ou pretende trabalhar? De outra parte, o que acha dos e-books?

LFV: Acabei de lançar um romance, chamado Os Espiões. Não tenho outro romance planejado no momento. Devem sair um livro para público juvenil, um de quadrinhos e um sobre futebol este ano, mas não sei bem quando. Quanto aos e-books, só vou aceitar quando tiverem cheiro de livro.

BC: Teremos eleições em 2010 e o governo Lula opera na proposta de um pleito plebiscitário – Nós x Eles – contrapondo os oito anos do PT contra os oito anos do PSDB. Se fosse fazer esta comparação o que diria?

LFV: De certo modo, este governo continuou o outro. E vou votar para que o próximo continue este.

Fonte: Blog do Miro

Roberto Freire troca PE por SP e desiste da campanha Serra-Aécio

"O momento de Aécio passou", afirmou na sexta-feira (12), em São Paulo, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, ao anunciar que o Movimento Serra-Aécio, lançado no dia 5 pelo partido, foi suspenso por tempo indeterminado. De acordo com Freire, começou a ficar "mais negativo do que positivo" insistir na candidatura do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), vice-presidente numa eventual chapa "puro-sangue" encabeçada pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB).
O ex-deputado falou antes de participar do debate "Combate à corrupção e Transparência na Gestão Pública", realizado pela Faculdade Cantareira e pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), ligada ao PPS, numa aula magna para alunos do curso de administração. "O que importa agora é preparar o caminho para o início da pré-campanha. Em relação ao candidato a vice-presidente, temos ainda perto de 90 dias para resolver", afirmou Freire. O PPS apoia o nome de Serra para uma sucessão ao Palácio do Planalto. Segundo o presidente nacional do PPS, um outro momento para uma eventual definição da candidatura de Aécio a vice terá de ser criado. "E quem tem de Criar é ele (Aécio)", disse.
O Movimento Serra-Aécio, fundado em parceria entre Freire, o poeta Ferreira Gullar eo cineasta Zelito Viana, entregaria um manifesto ao governador de Minas Gerais defendendo uma dobradinha tucana. "Eu acho que não temos mais de fazer alguma coisa. Pode até ser negativo porque Serra não precisa de um vice específico, precisa é de um bom vice, e vice-É uma coisa boa quando não tira voto", disse Freire. Segundo ele, a presença de Aécio é importante, mas não fundamental. "Fundamental é a força da candidatura Serra" Declarou,.

Freire troca Pernambuco por São Paulo

Na entrevista à Agência Estado, o Presidente Nacional do Partido Revelou também que será candidato a deputado por São Paulo, e não por Pernambuco. Para Freire, quem quiser ser "forte" no País tem de ser "forte" em São Paulo. "Mas já tínhamos decidido também que o partido tinha de ter um Reforço aqui (em São Paulo). Não é que o partido necessitasse disso, mas São Paulo é fundamental", esclareceu. Além disso, o presidente do PPS explicou que hoje tem uma ligação maior com o Estado. Freire mora na capital paulista e tem uma enteada que estuda na cidade.

Sem espaço

Para Freire, não há espaço para o DEM num posto de vice de Serra. Embora tente disfarçar que o motivo disso é o mar de lama que envolvem o aliado e até mesmo gente de seu próprio partido nenhum escândalo do Distrito Federal, Freire diz que o DEM perdeu espaço por que uma eventual aliança precisa ter uma proposta de governo com " Uma perspectiva de superação ". "Mas não é uma ruptura", julgou.
"Não o ideal seria DEM estar nessa proposta. O DEM tem uma relação muito estreita agropecuário com o Brasil, que é importantíssima, mas o projeto brasileiro não é mantermos o Brasil campeão das exportações agropecuárias e ter uma das agriculturas mais desenvolvidas do mundo. O Brasil precisa ter um projeto nacional de desenvolvimento, TENDO como característica uma política industrial. Talvez um componente mais vinculado a esse setor seja o ideal para o Serra ", prosseguiu,.

Portal Vermelho - Com informações do G1

quinta-feira, 11 de março de 2010

Fora Gilmar Mendes

Cezar Peluso é confirmado como novo presidente do Supremo

O ministro Cezar Peluso foi eleito nesta quarta-feira (10/3) o novo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) para o biênio 2010-2012. A posse será no dia 23 de abril. Atual vice-presidente, Peluso substituirá Gilmar Mendes, enquanto Carlos Ayres Britto assume o posto de vice.

Já era esperado que Peluso assumiria o comando da Corte —de acordo com o regimento interno do Tribunal, são elegíveis aos cargos de presidente e vice-presidente os dois ministros mais antigos que ainda não tiverem ocupado a Presidência. Mesmo assim, foi realizada uma eleição para confirmar os novos ocupantes dos cargos.

Peluso foi eleito com 10 dos 11 votos de todos os ministros do STF —um voto foi para Ayres Britto. Após a eleição, o novo presidente agradeceu ao apoio dos colegas. “Não posso prescindir da colaboração e solidariedade profissional numa função que é nada mais que representar o STF e suas decisões”, afirmou.

Ayres Britto, também eleito com 10 votos —um foi computado para o ministro Joaquim Barbosa—, também agradeceu a honra de ser vice de Peluzo. “Farei o que estiver ao meu alcance”, disse.

Peluso nasceu em Bragança Paulista e atuou na Justiça paulista de 1967 a 2003. Ele completa setenta anos em setembro de 2012, quando deve aposentar-se compulsoriamente. O ministro foi nomeado em 2003, tendo sido o primeiro indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao STF.

Recentemente, o novo presidente do STF foi destaque por relatar o processo de extradição do italiano Cesare Battisti, que teve seu status de refugiado político anulado por decisão da Corte. Em um voto extenso e contundente, o relator classificou a decisão de Tarso Genro de conceder o refúgio como “ilegal e absolutamente nula”. Segundo Peluso, o ministro da Justiça distorceu o cenário histórico italiano do fim dos anos 1970 em um “exercício de pura especulação”.

Também no ano passado, Peluso foi o relator da ação do jornal O Estado de S. Paulo contra a decisão que o proibiu de publicar informações relativas à investigação da Polícia Federal que apura possíveis irregularidades cometidas pelo empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O ministro votou pelo arquivamento do pedido por entender que a reclamação não era o tipo adequado de ação para os questionamentos que estavam sendo feitos.

Conhecido por votos e decisões extremamente técnicas e bem fundamentadas, Peluso deverá seguir caminho muito diferente de seu antecessor, ministro Gilmar Mendes. A relação com a imprensa deve mudar radicalmente e a conhecida prática de Mendes de se manifestar sobre os mais diversos temas do país —inclusive falando de assuntos que poderão ser submetidos a seu juízo ou do Supremo— deve sair de cena.

Funcionamento

O Supremo Tribunal Federal é composto por 11 ministros, brasileiros natos, escolhidos dentre cidadãos com mais de 35 e menos de 65 anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada. São nomeados pelo presidente da República, após aprovação, por maioria absoluta do Senado Federal.

Entre as atribuições do presidente do STF estão: velar pelas prerrogativas do Tribunal; representar a Corte perante os demais poderes e autoridades; dirigir os trabalhos e presidir as sessões plenárias; despachar; decidir questões de ordem; decidir questões urgentes nos períodos de recesso ou de férias; apresentar relatório circunstanciado dos trabalhos do ano; e convocar audiência pública para ouvir o depoimento de pessoas com experiência e autoridade em determinada matéria de repercussão geral e de interesse público relevante, debatidas no âmbito do Tribunal.

De acordo com o artigo 14 do Regimento Interno, o vice-presidente substitui o presidente nas licenças, ausências e impedimentos eventuais. Em caso de vaga, o vice assume a presidência, até a posse do novo titular.
Fonte: Última Instância

sexta-feira, 5 de março de 2010

Filhote da UDR infiltrado no PT

Por causa de sua candidatura avulsa, o traidor deputado Virgílio Guimarães (PT-MG) ajudou eleger à presidência da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), derrotando o candidato oficial do PT, Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP)
Depois, ao lado de Pimentel e sua trupe, foi entregue para Aécio a prefeitura da capital mineira, numa vergonhosa aliança com os maiores adversários do PT. Agora, ele pretende ser vice de Hélio Costa para derrotar novamente Patrus e o Partido dos Trabalhadores. Até quando este picareta deputado continuará destruindo o partido?
Leia AQUI A arte de fazer haraquiri sem mestre - de Hamilton Pereira, ex-presidente da Fundação Perseu Abramo sobre Virgílio Guimarães: "Ele abriu uma caixa de Pandora, Os Demônios Liberou do oportunismo, e não fazer um antipetismo, fisiologismo dando prejuízo enorme ao partido e ao governo ".

Mensalão do DEM: STF decide manter Arruda na prisão

Sete ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já votaram  pela permanência do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (ex-DEMos/DF), na prisão por tentar subornar uma testemunha do esquema de corrupção desarticulado pela Polícia Federal (PF) na Operação Caixa de Pandora.

O STF analisa hoje (4) o mérito do pedido de habeas corpus em favor de Arruda. Até o momento, apenas o ministro Dias Toffoli votou contra a prisão do governador. Se nenhum ministro alterar seu voto até o fim do julgamento, o placar aponta que Arruda continuará preso.

“A prisão preventiva do governador era imprescindível para a continuidade das investigações”, disse a ministra Cármen Lúcia ao acompanhar o voto do ministro Marco Aurélio Mello.

“A decisão do ministro Fernando Gonçalves [juiz que determinou a prisão] calca-se em fatos concretos e não em considerações abstratas”, acrescentou o ministro Ricardo Lewandowski.

Também acompanharam o relator os ministros Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso e Ellen Gracie.

Dias Toffoli alegou que a prisão do governador só poderia ter sido decretada com autorização de dois terços dos deputados distritais, tese rejeitada pela maioria dos ministros.

Arruda preso é visto como uma homem bomba, que pode resolver abrir a boca, e envolver muita gente. Por isso causa apreensão para o DEM nacional e para os aliados do PSDB e PPS que estiveram enrolados com o governo do mensalão do DEM.

Câmara do DF aprova abertura do processo de impeachment de Arruda

Sob pressão popular e risco de intervenção federal, por 19 votos a favor e nenhum contra, os deputados da Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovaram a abertura do processo de impeachment do govenador licenciado José Roberto Arruda (ex-DEMos).

Para o presidente da Casa, Cabo Patrício (PT), o placar de hoje sinaliza a possibilidade de cassação. “Há, sim, possibilidade do impeachment de Arruda”.

O relator do parecer favorável ao impeachment, Chico Leite (PT), classificou a abertura do processo como sinal de maturidade dos distritais. Para o deputado Reguffe (PDT), o impeachment é necessário diante do escândalo de corrupção que abalou a capital federal. “Se esse escândalo não for motivo para impeachment, não sei o que é”, disse.

Com a abertura do processo, os advogados de Arruda têm 20 dias corridos, depois da notificação, para apresentar a defesa. A partir do recebimento dos argumentos, o relator da Comissão Especial, Chico Leite, fará um novo parecer que será submetido novamente ao Plenário.

Para ser acatado, o novo parecer precisa da aprovação de 16 dos 24 distritais em Plenário. Em caso de aprovação, o governador é afastado do cargo por 120 dias. Em seguida, o processo será analisado por um tribunal especial, formado por cinco deputados e cinco desembargadores que serão escolhidos por sorteio. Depois desse trâmite, sai a decisão de cassar ou não o governador. Leia mais aqui e aqui.   

A denúncia contra Garotinho e Deborah Secco

Os ex-governadores do Rio Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho foram denunciados pelo Ministério Público do Estado por ato de improbidade administrativa.

A investigação durou dois anos. Concluído o trabalho, o Ministério Público estima em R$ 58 milhões os prejuízos causados aos cofres públicos. Na denúncia, os promotores identificam uma conexão entre o dinheiro usado na pré-campanha do ex-governador à Presidência, e verbas que saíram do governo do Estado.

“Fica demonstrado, sem margem de dúvida, que a campanha à Presidência de Garotinho foi financiada com desvio de dinheiro público”, afirma o promotor Eduardo Carvalho, que pede o bloqueio de bens e a inelegibilidade do casal Garotinho e dos 86 réus.

Segundo o MP, duas das empresas que contribuíram para a campanha, a Emprim e a Inconsul, receberam R$ 30 milhões dos cofres do Estado. Outra empresa, a Teldata, teria agido como intermediária do repasse de recursos das ONGs que prestam serviço ao Estado para a conta do PMDB.

O esquema foi operado entre 2003 e 2006. Começa com a contratação da Fundação Escola de Serviço Público do Rio de Janeiro (Fesp) e outros órgãos públicos para a execução de projetos com a necessidade de mão de obra terceirizada. Estes órgãos subcontratavam organizações não-governamentais (ONGs) sem licitação.

Deborah Secco

A atriz da Tv Globo, Deborah Secco, também foi denunciada, junto ao pai, Ricardo Secco. Outras cinco pessoas da família estariam envolvidos no esquema de desvio de dinheiro: Angelina Direnna Secco, Bárbara Fialho Secco, Ricardo Fialho Secco e Silvia Regina Fialho Secco. Segundo o procurador-geral de Justiça, Cláudio Lopes, Ricardo Secco teria recebido R$ 1 milhão no esquema e repassado parte do dinheiro para diversas pessoas de sua família.

O Ministério Público também vê irregularidades na participação da atriz em propagandas oficiais do governo do Rio. Em 2005, ela ganhou o título de "Mulher do Ano", concedido pela Fesp, que transferia dinheiro para ONGs a pretexto da execução de programas sociais.

Nudez de aliada deixa governador de São Paulo irritado

Aos 42 anos, a subprefeita da Lapa, a ex-vereadora Soninha Francine (PPS), é uma das estrelas do ensaio fotográfico Mulheres que Amamos, destaque da revista masculina Playboy deste mês. Vestida apenas com uma calcinha mínima, Francine – uma das principais aliadas do governador paulista José Serra (PSDB) – deixou o virtual candidato à sucessão presidencial irritado, segundo assessores. A ex-VJ da MTV é um dos nomes cotados pelo PPS para a disputa pelo Governo do Estado de São Paulo este ano.
– Vão (usar Photoshop), para apagar o elástico do biquíni. Mas, no resto, sei lá. Teve maquiagem no rosto e fizeram o meu cabelo, uma megaprodução. No corpo, passaram só um pó para uniformizar. Espero que não levantem o meu peito – disse a integrante da base de apoio ao governador José Serra.

Calendário

Francine também posou nua ao lado de uma bicicleta para um calendário lançado pela ONG CicloBR, no final de fevereiro. O objetivo era chamar a atenção para o movimento que tenta convencer as pessoas a deixarem o carro em casa, usando um meio de transporte que não polui e não deixa as ruas engarrafadas - a bicicleta. O calendário se chama Como nus sentimos e custa R$ 50. O lançamento aconteceu no Parque das Bicicletas, em Moema, Zona Sul de São Paulo.
As fotos não são explíticas e Soninha explicou que esta foi a condição para topar participar do ensaio. Em pesquisa divulgada pelo Instituto Vox Populi no final de janeiro, ela aparece em quarto, com 5% das intenções de voto, atrás de Geraldo Alckmin (PSDB - 56%), Paulo Maluf (PP - 11%) e Ciro Gomes (PSB - 10%). Em 2007, ela se candidatou à Prefeitura e recebeu 266.978 votos (pouco mais de 4%).
O primeiro cargo de Soninha na política foi como vereadora, em 2004. Logo de início, causou polêmica pelo projeto que apresentou de não obrigatoriedade do uso de terno e gravata na Câmara. Em 2001, ela apareceu numa capa de revista admitindo que fumava maconha - acabou perdendo o emprego na TV Cultura (estatal). Em 2008, defendeu a descriminalização da maconha.